Em greve, trabalhadores da educação municipal de Belo Horizonte protestam, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, contra o prefeito Àlvaro Damião (União Brasil), na tarde desta quarta-feira (18). A manifestação é realizada no terminal durante o desembarque do chefe do Executivo, que retorna de Israel com o agravamento dos conflitos entre israelenses com o Irã. 

A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte, Carolina Pasqualini, criticou a proposta de reajuste da prefeitura, de 2,49%. Segundo ela, o aumento deveria seguir o reajuste do piso nacional do magistério, de 6,27%. “A gente sabe que a prefeitura tem dinheiro. A educação tem verba própria dentro da lei orgânica do município: 25% dos impostos arrecadados são direcionados para a educação. O que falta é vontade política”, criticou.

Pasqualini também classificou a viagem do prefeito a Israel como desrespeitosa. Damião, assim como outros prefeitos, viajou a convite do governo israelense para participar do evento “Projetos Municipais para Segurança Pública e o Desenvolvimento Local”. Inicialmente, ele permaneceria no Oriente Médio até o dia 21, mas a viagem foi antecipada com o acirramento dos ataques entre Israel e Irã. 

“No mínimo, essa viagem foi desrespeitosa. O prefeito largou a cidade com uma greve acontecendo para ir a Israel, que está em meio a um conflito. O país está sendo acusado de praticar genocídio, e o prefeito escolhe ir exatamente a Israel, mesmo com todas as polêmicas que o país está envolvido”, completou antes do desembarque do prefeito. 

Greve

A educação municipal de Belo Horizonte está em greve desde o dia 9 de junho. A categoria cobra do Executivo, além da recomposição salarial, adequação de carreira e outros pontos.