Enquanto medicamentos como Ozempic e Wegovy ganham destaque no combate à obesidade, um novo estudo reforça que a cirurgia bariátrica ainda é a estratégia mais eficaz para perda de peso a longo prazo.

Estudo revela diferença brutal entre remédios e cirurgia

Pesquisadores da Universidade de Chicago analisaram os resultados de quase 40 mil pacientes com obesidade que passaram por diferentes tratamentos — incluindo medicamentos da classe GLP-1 e cirurgias como o bypass gástrico e a sleeve gástrica. O resultado impressiona: em três anos, pacientes operados perderam em média 24% do peso corporal, enquanto os que tomaram Ozempic perderam entre 5% e 7%.

Por que a cirurgia é tão mais eficaz?

A resposta está no impacto metabólico profundo que os procedimentos bariátricos causam. Além de reduzir o tamanho do estômago, eles alteram hormônios que regulam o apetite e a resposta à insulina, promovendo saciedade mais duradoura e mudanças no metabolismo que facilitam a perda de peso contínua.

Ozempic não é ineficaz — mas tem limites

Ozempic (semaglutida) e medicamentos similares foram originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, mas se tornaram populares pelo efeito secundário de perda de peso. No entanto, esses medicamentos requerem uso contínuo, e muitos pacientes relatam reganho de peso após a suspensão.

Comparativo de resultados após 3 anos

  • Bypass gástrico: 25% de perda média de peso corporal
  • Sleeve gástrica: 18% a 22% de perda
  • Ozempic: 5% a 7% de perda, com risco de reganho após interrupção

Para quem a cirurgia bariátrica é indicada?

Segundo diretrizes internacionais, a cirurgia é recomendada para pessoas com IMC acima de 40, ou acima de 35 quando há doenças associadas como diabetes, hipertensão ou apneia do sono. O procedimento também exige preparo psicológico e mudança definitiva de hábitos alimentares.

Efeitos colaterais e recuperação

A cirurgia exige internação e acompanhamento multidisciplinar, mas as taxas de complicações vêm diminuindo. Já os medicamentos podem causar náuseas, vômitos, constipação e, em alguns casos, pancreatite.

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