A irmã de Juliana Marins, 26, que desapareceu na última sexta (20/06) enquanto fazia uma trilha em direção ao vulcão Rinjani, na Indonésia, disse nas redes sociais que os resgates neste domingo foram interrompidos e que a brasileira está há mais de 50 horas sem comida, agasalhos e água.
Mariana Marins criou um canal para denunciar uma suposta falta de respostas de autoridades locais sobre caso. A conta no Instagram (@resgatejulianamarins) já tem mais de 100 mil seguidores.
Segundo Mariana, o resgate teria sido interrompido sob a justificativa de que as condições climáticas no local não estariam favoráveis, com nuvens e vento, para dar continuidade ao resgate. Ela disse ainda que as buscas seriam retomadas na segunda-feira (23/06).
Natural de Niterói (RJ), Juliana é publicitária e está em um mochilão pela Ásia desde o final de fevereiro deste ano. Em um comunicado recebido pela família que foi compartilhado nas redes, as equipes de resgate afirmam que, mais cedo e com o tempo mais claro, foi utilizado um drone térmico para tentar encontrar Juliana, mas ela não estaria mais no mesmo local. Ela teria caído a 300 metros da trilha que dava acesso ao cume do vulcão.
Ainda de acordo com a irmã, as equipes de buscas também informaram que a evacuação por helicóptero seria inútil e perigosa e só funcionaria se a pessoa já estivesse no acampamento. A Prefeitura de Niterói, prosseguiu a irmã, estaria em contato com a embaixada brasileira na Indonésia para acessar com um helicóptero a área.
Mariana ainda diz que os vídeos, até então compartilhados por equipes de busca da Indonésia com a família, são falsos. "Tirando as imagens em que a minha irmã aparece, as outras são forjadas", afirma.
Ela acrescenta que Juliana teria sido abandonada pela equipe de turismo contratada. A reportagem procurou a embaixada brasileira em Jacarta, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores afirmou monitorar o caso e que as equipes estão trabalhando em condições climáticas difíceis.