O governo de Donald Trump voltou a atacar o ministro Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes poucas horas depois de o brasileiro decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (5/8). O Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão da Secretaria de Estado dos EUA, condenou Moraes e pediu liberdade a Bolsonaro em um post no X.
“O ministro Alexandre de Moraes, já sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz o post, compartilhado em inglês e português. Confira o texto completo:
O ministro Alexandre de Moraes, já sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender…
— Bureau of Western Hemisphere Affairs (@WHAAsstSecty) August 5, 2025
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Moraes já foi sancionado com uma das mais severas punições norte-americanas a estrangeiros, a Lei Magnitsky. Ela o proíbe de viajar aos EUA, congela eventuais bens que ele possua no país (no caso de Moraes, nenhum) e impede suas transações financeiras com empresas norte-americanas. O magistrado pode perder cartões de bancos americanos, não pode usar Google Pay e Apple Pay.
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A sanção foi aplicada porque, na perspectiva de Donald Trump, as ações de Moraes contra Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe de Estado no Brasil, ferem os direitos humanos. O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) contesta a ação dos EUA e formalizou uma denúncia na Organização das Nações Unidas (ONU) contra as decisões do presidente norte-americano.