A morte da brasileira Juliana Marins, que ficou quatro dias aguardando resgate após cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, gera revolta nas redes sociais. O nome da jovem está entre os assuntos mais comentados na web e centenas de internautas acusam as autoridades da Indonésia de ‘descaso’ no resgate.

A família de Juliana confirmou a morte da publicitária na manhã desta terça-feira (24), já noite no horário local. Uma nova operação para resgatar a brasileira começou na noite de segunda (23) e durou horas. Ainda pela madrugada, familiares afirmaram que a brasileira estaria em um local bem mais distante do que era previsto.

A brasileira caiu da trilha na sexta-feira (20). Durante todo o período em que esteve isolada, a jovem não recebeu água, alimentos ou roupas. A irmã de Juliana chegou a afirmar que a brasileira teria sido abandonada pelo guia do passeio após cair.

“O Governo Brasileiro precisa ser duro com o Governo da Indonésia pela forma como trataram a vida de uma brasileira. Juliana foi encontrada sem vida depois de muita negligência. Os esforços de resgate só começaram depois de muita pressão da família aqui no Brasil”, comentou um internauta.

A primeira vez em que foi vista, Juliana estava viva e a apenas 150 metros da margem da trilha. Na última operação, a equipe de resgate já tinha descido 400 metros, mas o corpo de Juliana ainda estava a 650 metros de distância da equipe, afirmou familiares em comunicado durante a madrugada.

A demora também é motivo de revolta nas redes sociais:

“Foi muito descaso da Indonésia não ter enviado uma equipe de resgate quando a Juliana foi localizada com vida no primeiro dia a 150 metros de distância”, escreveu outra pessoa na rede X.

“Juliana morreu não porque caiu, mas sim porque foi abandonada pelo governo da Indonésia. Espero que eles sejam responsabilizados”, diz outro tweet.

Entre os motivos apontados para a demora no resgate da jovem estão o terreno íngreme do lugar e as condições climáticas de frio complexo e neblina que atrapalharam as operações, interrompidas diversas vezes. Outra alternativa seria o uso de helicóptero no resgate, mas essa ação foi vista como desfavorável por equipes técnicas do país.

A família de Juliana criticou a lentidão do processo e ainda acusou a falta de estrutura e comunicação entre as autoridades da Indonésia e brasileiras. 

Veja repercussão na internet:

enquanto a Indonésia não move um dedo pra ajudar a Juliana que caiu em um vulcão o Brasil inteiro se mobilizou pra tirar um cavalo de cima de um telhado nas enchentes do Rio Grande do Sul pic.twitter.com/THvbXs90yg

— pamel (@apamela__) June 24, 2025

 

É muito absurdo o que aconteceu com a Juliana Marins se não tem o mínimo preparo de resgate o MÍNIMO não ofereçam o passeio, se não fosse a equipe de voluntários a família dela não conseguiria nem se despedir dela. ABSURDO

— Ana Carvalho (@anacaar29) June 24, 2025