Em resposta aos comentários que brasileiros deixaram nas redes sociais do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, sobre a morte de Juliana Marins, indonésios "invadiram" o perfil do presidente Lula no Instagram.
Eles escreveram comentários provocativos a Lula e ao povo brasileiro em posts do petista. "Juliana causou a 3ª Guerra Mundial", disse um usuário. "Mano, cuidado, você vai ser preso", afirmou outro.
Um deles chegou a citar os acidentes com balões que aconteceram no Brasil na última semana. "Acabei de chegar ao Brasil, vim de Sumatra em um balão e, por sorte, não pegou fogo", escreveu.
Antes, brasileiros entraram nas redes sociais de Subianto e da agência de resgate da Indonésia para deixar comentários de indignação sobre o resgate de Juliana. Eles criticaram a lentidão das autoridades e pediram justiça.
"Nós brasileiros temos muita empatia por todos que entram no Brasil... somos acolhedores! Jamais deixaríamos uma pessoa passar por tamanha negligência como a Juliana passou.", escreveu internauta brasileiro em comentário no Instagram.
COMO FOI A QUEDA E O RESGATE DE JULIANA
Juliana Marins foi encontrada morta na última terça-feira (24), quatro dias após sua queda no monte Rinjani, na Indonésia. Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, ela fazia um mochilão pela Ásia e decidiu fazer a trilha no entorno da paisagem natural na ilha de Lombok.
A brasileira escorregou e caiu de uma ribanceira, despencando 300 metros e ficando presa. O acidente aconteceu na última sexta-feira (20).
Equipes de resgate se aproximaram do local do acidente, mas não conseguiram chegar até a brasileira. Fatores climáticos dificultaram o resgate.
O corpo de Juliana foi resgatado na quarta-feira (25). Ele foi içado em uma maca e levado para uma base do parque. Na sequência, foi conduzido de avião até o Hospital Bhayangkara.
A autópsia aponta "trauma torácico grave" como causa da morte. O médico Ida Bagus Putu Alit, do hospital Bali Mandar, afirmou que a jovem teve órgãos internos respiratórios comprometidos por fraturas causadas pelo impacto da queda.
Laudo descartou hipotermia. Segundo o legista, a falta de necrose nas extremidades do corpo permite "afirmar com segurança" que a jovem não morreu devido ao frio. A previsão do tempo para aqueles dias era próxima de 0 ºC à noite e Juliana usava apenas calça e blusa, sem equipamentos próprios - o que levou muitas pessoas a questionarem se ela sobreviveria às baixas temperaturas.