O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, cedeu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (30) a Casa Branca depois que o Canadá eliminou um imposto às empresas tecnológicas pelo qual Washington havia suspendido as negociações comerciais.

O Canadá anunciou na noite de domingo que retiraria os impostos às empresas tecnológicas americanas e garantiu que as negociações comerciais com Washington serão retomadas.

O imposto sobre os serviços digitais, aprovado no ano passado, obrigaria provedores de serviços digitais como Alphabet e Amazon a realizar um pagamento bilionário no Canadá nesta segunda-feira.

Em represália, na sexta-feira, Trump encerrou as negociações comerciais com o Canadá. No fim de semana, repetiu pela enésima vez que seu vizinho deveria se tornar o 51º estado dos Estados Unidos.

"É muito simples. O primeiro-ministro Carney e o Canadá cederam ao presidente Trump e aos Estados Unidos", estimou nesta segunda-feira sua porta-voz Karoline Leavitt, em sua coletiva de imprensa diária.

Leavitt acrescentou que Trump "sabe negociar". "Cada país do planeta precisa ter boas relações comerciais com os Estados Unidos", afirmou.

"Foi um erro por parte do Canadá prometer implementar esse imposto que teria prejudicado nossas empresas tecnológicas aqui nos Estados Unidos", prosseguiu a porta-voz.

O Canadá está submetido a um regime tarifário particular com os Estados Unidos, assim como o México.

O país foi afetado por algumas das novas taxas impostas por Trump, mas certas exportações continuam protegidas pelo tratado de livre-comércio da América do Norte (T-MEC), do qual faz parte junto com Estados Unidos e México.