Quanto custa uma emergência médica no Brasil? Para um jornalista americano, a resposta foi surpreendente: quase nada — mesmo após ambulância, tomografia e atendimento hospitalar.

Em reportagem publicada pelo Washington Post, o correspondente no Brasil, Terrence McCoy, contou em detalhes sua experiência ao passar mal em casa e ser socorrido às pressas por uma ambulância do serviço público. O diagnóstico: possível convulsão. O tratamento incluiu transporte de emergência, tomografia computadorizada, exames laboratoriais e atendimento no pronto-socorro.

Mas o que mais chocou o jornalista não foi o susto, e sim o valor da conta: R$ 0,00, já que todo o atendimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nos Estados Unidos, o mesmo tipo de atendimento poderia ultrapassar os US$ 10 mil, mesmo para quem possui plano de saúde. “Se fosse em Nova York, eu teria que escolher entre chamar uma ambulância ou pedir um táxi. No Brasil, só me preocupei com minha saúde”, escreveu.

A experiência gerou grande repercussão e reacendeu o debate sobre acesso à saúde pública universal. O jornalista destacou que, apesar de críticas e falhas, o SUS representa uma conquista importante e oferece cuidados que seriam inacessíveis a muitos nos EUA.

Além do atendimento gratuito, o repórter enfatizou a humanidade e eficiência dos profissionais brasileiros, mesmo sob limitações de estrutura em alguns hospitais.

O caso evidencia como o modelo brasileiro — que combina saúde pública com planos privados — ainda garante uma cobertura ampla, especialmente em situações emergenciais.

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