Bulgária se tornará o 21º país da zona do euro em 1º de janeiro de 2026, após receber autorização formal dos ministros das Finanças da UE nesta terça-feira (8). "Conseguimos!", comemorou o primeiro-ministro búlgaro, Rossen Zeliazkov, nas redes sociais.

"Agradecemos a todos que tornaram este momento histórico possível. O Governo continua comprometido com uma transição tranquila e eficaz para o euro, no interesse de todos os cidadãos", acrescentou o líder.

Enquanto isso, o comissário europeu para Economia, Valdis Dombrovskis, observou que "aderir à zona do euro é mais do que apenas substituir uma moeda. Trata-se de construir um futuro mais próspero para os búlgaros". Segundo Dombrovskis, o euro "trará novas oportunidades, empregos e crescimento" para o país.

Já a ministra da Economia dinamarquesa, Stephanie Lose — cujo país ocupa a presidência rotativa semestral da UE — destacou a "preparação intensiva" que levou a essa decisão. A adesão "marca o ápice de um processo abrangente rumo à adesão da Bulgária, que inclui análise rigorosa e preparação intensiva", afirmou.

A Comissão Europeia — o braço Executivo da UE — anunciou em junho que a Bulgária havia cumprido com as condições rigorosas para adotar o euro, e o Banco Central Europeu (BCE) também emitiu um parecer positivo.

Processo difícil

A transição da Bulgária — o país mais pobre da UE — de sua moeda atual, o lev búlgaro, para o euro, ocorrerá 19 anos após a adesão do país de 6,4 milhões de habitantes à UE. O caminho da Bulgária para ingressar na zona do euro tem sido marcado por um cenário político turbulento, com sete eleições em três anos, a última delas realizada em outubro de 2024.

A Bulgária foi abalada por protestos antes e depois dos anúncios da comissão, e pesquisas mostraram que quase metade dos entrevistados se opõe à adoção do euro.

As primeiras notas e moedas de euro foram lançadas em janeiro de 2002, e naquela época apenas 12 países faziam parte da zona do euro, incluindo França, Alemanha, Itália, Espanha e Grécia. A Croácia foi o último país a aderir, em 2023, elevando o número de países com a moeda única para 20.

Os Estados da UE que desejam aderir à moeda única devem demonstrar que suas economias convergiram com as de outros países da zona do euro e que suas finanças estão sob controle.

As condições incluem manter a inflação em no máximo 1,5 ponto percentual acima da taxa dos três países da UE com melhor desempenho. Atualmente, República Tcheca, Hungria, Polônia, Romênia, Suécia e Dinamarca não adotam o euro. A Bulgária fará parte deste grupo até 31 de dezembro deste ano e, a partir de então, ingressará na zona do euro.

A maioria sueca rejeitou a adesão ao euro em um referendo em 2003. A adesão da Dinamarca à UE inclui uma cláusula de exclusão que permite ao país optar por não adotar a moeda.

A Zona do Euro é uma região do continente europeu formada pelos países que adotam o euro como a sua moeda oficial. De todos os países que fazem parte da União Europeia, 20 deles integram a Zona do Euro atualmente e apenas 7 estão de fora dela. Serão seis em 2026, já que Bulgária irá adotar a moeda. Essa é uma área criada em 1999 com o objetivo de coordenar as políticas econômicas e fiscais dos países que passaram a usar a moeda única da União Europeia em seus territórios, facilitando trocas comerciais e investimentos e atuando de maneira a atingir metas em comum de desenvolvimento e de crescimento econômico.

Saiba quais os países que adotam o Euro

  1. Alemanha
  2. Eslováquia
  3. França
  4. Lituânia
  5. Áustria
  6. Eslovênia
  7. Grécia
  8. Luxemburgo
  9. Bélgica
  10. Espanha
  11. Irlanda
  12. Malta
  13. Chipre
  14. Estônia
  15. Itália
  16. Países Baixos
  17. Croácia
  18. Finlândia
  19. Letônia
  20. Portugal
  21. Bulgária (a partir de 1º de janeiro de 2026)