república islâmica

Aiatolá iraniano morre em ataque a tiros nesta quarta-feira

Abbas Ali Soleimani, de 75 anos, já havia ocupado o cargo de representante do líder supremo do país

Por Agências
Publicado em 26 de abril de 2023 | 12:44
 
 
 
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Um influente clérigo iraniano, membro da Assembleia de Especialistas que escolhe o guia supremo do país, morreu nesta quarta-feira (26) em um ataque com armas, informou a imprensa estatal.

"O aiatolá Abbas Ali Soleimani morreu esta manhã em um ataque com armas (...) O criminoso foi detido pelas forças de segurança", anunciou a agência de notícias IRNA. 

O ataque aconteceu na cidade de Babolsar (na província de Mazandaran), cidade às margens do Mar Cáspio, 230 km ao norte de Teerã, segundo a agência.

O governador da província de Mazandarán, Mahmoud Hosseinipour, afirmou na televisão estatal que este "não foi um incidente terrorista" e que as autoridades investigam as motivações do assassino.

Um vídeo filmado com um smartphone mostra vários policiais carregando o corpo da vítima envolto em um cobertor preto. "O criminoso era um morador da localidade, segurança de um banco e estava armado, mas não era um policial", disse o governador.

"De acordo com as informações do momento, o assassino não conhecia a vítima", afirmou, antes de revelar que o aiatolá Soleimani "compareceu ao banco por questões financeiras pessoais".

Soleimani, 75 anos, já havia ocupado o cargo de representante do líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, e era um dos 88 membros da Assembleia de Especialistas, responsável por escolher, supervisionar e, eventualmente, destituir o guia supremo. 

Na Assembleia, o aiatolá Soleimani representava a província do Sistão-Baluquistão, uma das regiões mais pobres do Irã, que abriga a minoria baluchi, que segue principalmente ao islamismo sunita e não ao xiismo dominante no país.

Também foi o imã que comandou as orações de sexta-feira nas cidades de Kashan, na província central de Isfahan, e Zahedan, na província de Sistão-Baluchistão (sudeste). 

Os ataques contra representantes do clero iraniano são raros. Em abril de 2022, um ataque atribuído a extremistas na cidade sagrada de Mashhad (nordeste) matou dois clérigos.

(AFP)
                
 

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