Protestos

Equador decreta estado de exceção em quatro províncias após 'atos violentos'

No marco do estado de exceção, que se estenderá por 30 dias, Lasso estabeleceu os locais como 'zona de segurança'

Por Agências
Publicado em 29 de junho de 2022 | 21:19
 
 
 
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O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou nesta quarta-feira (29) estado de exceção em quatro das 24 províncias do país, onde, segundo o governo, "concentra-se a maioria dos atos violentos" durante os protestos indígenas, que completam 17 dias.

A medida não inclui Pichincha, cuja capital é Quito, onde a maioria dos cerca de 14 mil manifestantes estão reunidos. Tomada devido "à grave comoção interna", a medida envolve as andinas Azuay e Imbabura e as amazônicas Sucumbíos e Orellana, segundo o decreto divulgado pela Secretaria de Comunicação da presidência.

O documento aponta que, nessas jurisdições, a segurança dos cidadãos está ameaçada, bem como o abastecimento de alimentos, remédios, oxigênio para uso hospitalar e combustíveis. No marco do estado de exceção, que se estenderá por 30 dias, Lasso estabeleceu como "zona de segurança" os locais que abrigam campos de exploração de petróleo na Amazônia.

A estatal Petroecuador ativou hoje o mecanismo de "força maior" para parte de seus compradores de petróleo bruto, a fim de evitar punições por descumprimentos no despacho dos embarques. Autoridades alertaram para o risco de que toda a produção seja paralisada.

O decreto permite a mobilização de militares nas ruas e a suspensão do direito à livre associação. Também inclui um toque de recolher noturno de oito horas para as províncias andinas e de 10 horas para as amazônicas.

Lasso suspendeu no último sábado o estado de exceção em vigor nas províncias de Chimborazo, Tungurahua, Cotopaxi, Pichincha, Pastaza e Imbabura, imposto em meio a manifestações violentas. (AFP)

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