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Funeral de Bento XVI: Fiéis se despedem do papa emérito na Basílica de São Pedro

Velório do ex-pontífice começou nessa segunda-feira (2), quando cerca de 65 mil pessoas foram dar o último adeus a Joseph Ratzinger, que renunciou ao cargo após oito anos de pontificado

Por Agência
Publicado em 03 de janeiro de 2023 | 08:34
 
 
 
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Nesta terça (3) e na quarta-feira (4), os fiéis ainda poderão visitar a capela funerária da basílica de São Pedro, no Vaticano, para se despedir do papa emérito Bento XVI, falecido no sábado aos 95 anos. O velório do ex-pontífice começou nessa segunda-feira (2), quando cerca de 65 mil pessoas foram dar o último adeus a Joseph Ratzinger, que renunciou ao cargo após oito anos de pontificado. 

O papa Francisco prestou várias homenagens públicas ao "amado" Bento XVI, "fiel servidor do Evangelho e da Igreja", recordando sua "bondade", "nobreza", "testemunho de fé e de oração, sobretudo, nestes últimos anos de vida de afastamento". Francisco presidirá na quinta-feira (5) os funerais solenes de Bento XVI na Praça de São Pedro.

O funeral de um papa emérito, ou seja, sem funções, não tem um protocolo específico, motivo pelo qual se decidiu seguir alguns dos passos a serem adotados no caso do falecimento de um pontífice em exercício. Esta é a primeira vez na história que um papa preside o funeral de seu antecessor.

Inédita e sóbria, a cerimônia começará às 5h30, horário de Brasília (08h30 GMT), conforme anunciado pelo Vaticano. A casa real espanhola confirmou a presença no sepultamento da rainha Sofia, esposa do rei emérito Juan Carlos I. O presidente polonês, Andrzej Duda, também irá na quinta-feira.

Com este ato, terminará a saga dos "dois papas", os dois vestidos de branco, que conviveram por quase uma década no menor Estado do mundo. Ao fim da cerimônia, o caixão do pontífice emérito será enterrado nas grutas vaticanas, debaixo de São Pedro, na mesma cripta onde o corpo de João Paulo II esteve até 2011, informou nesta segunda-feira o porta-voz do Vaticano, Matteu Bruni.

Após oito anos de pontificado marcados por múltiplas crises e escândalos, e tendo passado os últimos dez anos de sua vida rezando e estudando, Bento XVI foi acusado, no início de 2022, de ter acobertado quatro padres pedófilos quando era arcebispo na Alemanha. Uma mancha que maculou seu papado e que ele negou até o fim de sua vida.

"Sabia de muitas coisas. Uma pena que não ajudou a expor esses escândalos", lamentou a alemã Valeria Michalak, depois de prestar-lhe sua homenagem na basílica. (AFP)

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