A utilização da Inteligência Artificial (IA) já contribui também para a área da saúde. Cientistas publicaram artigo na revista Nature Chemical Biology no qual relatam que a tecnologia foi utilizada para criar antibióticos contra uma superbactéria. 

Segundo o relato, a IA contribuiu para a identificação baucina, um novo composto que contribui para combater uma das bactérias mais perigosas para os humanos. 

A bactéria a ser combatida é a Acinetobacter baumannii, uma superbactéria segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização listou o organismo como "patógeno prioritário", ou seja, que aponta a necessidade urgente de busca de medicamentos. Um dos principais motivos é sua alta resistência aos antibióticos já desenvolvidos. 

No estudo, os cientistas utilizaram um algoritmo de Inteligência Artificial que foi capaz de elaborar sequências inéditas de moléculas antibacterianas e apostar quais seriam mais bem-sucedidas no combate à bactéria. Sem IA, o mesmo processo demoraria anos e ficaria muito mais caro. 

“As abordagens de IA para a descoberta de medicamentos vieram para ficar e continuarão a ser refinadas”, afirma James J. Collins, professor de engenharia médica e ciência no MIT, em comunicado. “Sabemos que os modelos algorítmicos funcionam, agora, é uma questão de adotar amplamente esses métodos para descobrir novos antibióticos de maneira mais eficiente e econômica”, completou. 

A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade McMaster, no Canadá, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), já aponta ser bastante promissora. Contudo, ainda será necessário realizar diversos testes em animais para a posterior aplicação em humanos.