Crise ambiental

Itália luta contra seca severa e poluição

O déficit de chuvas no país agrava a contaminação ambiental e a estiagem em um contexto de aquecimento global

Por Agências
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 | 16:01
 
 
 
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A poluição sufoca Milão, a Sicília sofre com uma grave escassez de água e a produção de vinho está diminuindo no Piemonte: o déficit de chuvas na Itália agrava a contaminação ambiental e as secas em um contexto de aquecimento global. 

A circulação dos carros mais poluentes foi proibida nesta terça-feira (20) em Milão e em outras oito cidades da Lombardia devido a um nível muito alto de contaminação nessa região industrial do norte do país. 

A Lombardia, que abriga várias plantações agrícolas intensivas, também proibiu espalhar esterco no campo, prática que provoca  forte contaminação por nitratos. 

Há muitos anos, o norte da Itália figura entre as regiões mais contaminadas da Europa. 

O problema da Lombardia é em parte geográfico, já que a região está localizada entre montanhas, o que dificulta a disseminação dos poluentes. 

No entanto, ONGs ambientalistas consideram que essa desvantagem serve de desculpa para as autoridades a fim de justificar os altos níveis de contaminação atmosférica sem fazer nada a respeito. 

Em toda a Itália, algumas regiões sofrem com a seca ou com um grande déficit de chuvas, especialmente nas cadeias montanhosas e, em particular, nos Alpes. 

Este mês, a quantidade de água retida em forma de neve nos Alpes foi 64% menor do que no ano passado, segundo a Fundação de Pesquisa CIMA. 

A falta de chuvas agrava uma situação já complicada devido às ondas de calor do ano passado, que reduziram o nível das reservas e aumentaram o consumo de água. 

A Sicília declarou estado de catástrofe natural pela seca em pleno inverno no começo deste mês e, na Sardenha, os agricultores estão limitados na quantidade de água que podem utilizar. 

O nível das reservas de água diminiu 23% em relação à média dos últimos 14 anos. 

Entretanto, a região do Piemonte, no nordeste, pediu, na segunda-feira, ao ministério da Agricultura que declare estado de catástrofe natural pela seca que assola a região, afetando os vinhedos e provocando reduções "significativas" na produção de vinho. (AFP)

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