Pela primeira vez na história espacial, as duas luas que orbitam Marte serão fotografadas em ultra-definição. Em 2024, a missão japonesa Martian Moons eXploration (MMX) vai enviar o equipamento e as imagens terão livre transmissão na Terra. O equipamento já começou a ser produzido pela Japan Broadcasting Corporation (NHK).
As fotos serão enviadas em pedaços para que sejam montadas assim que forem recebidas no planeta. Além da Super Hi-Vision Camera em 8K, a entidade ainda desenvolve outro aparelho, mas com resolução menor, de 4K. A espaçonave que fará a missão deve ficar cinco anos no planeta vermelho e retornar em 2029.
Além de fotografar as duas luas, Fobos e Deibos, a MMX ainda vai retirar 10 gramas de regolito do solo do corpo celeste e coletar dados sobre o clima em marte. Caso o programa seja bem sucedido, será a primeira fotografia registrada de perto. Com uma resolução incrivelmente alta, o trabalho vai possibilitar recriar tudo o que foi explorado pela espaçonave nos arredores do planeta vermelho.
O sistema marciano fica a 300 milhões de quilômetros da Terra. Em 1990, a agência espacial japonesa JAXA realizou a transmissão de outras imagens espaciais. Todos os dados originais captados serão enviados de volta ao planeta na cápsula de retorno da nave.
As luas
Consideradas singulares em todo o sistema solar, as luas de Marte são muito pequenas e apresentam órbitas incomuns. No caso da Fobos, ela corta o céu do planeta vermelho a menos de 6.000 quilômetros de distância, contra 384.400 da Lua terrestre. Já Deimos tem um raio médio de apenas 6,2 quilômetros e demora 30 horas para girar ao redor de Marte. Ainda possui crateras com menos de 2,5 quilômetros de diâmetro.
A missão deve coletar dados que apontem se as luas são asteroides que foram capturados pelo planeta vermelho ou se originaram do choque entre um corpo celeste maior com a superfície de Marte.