Neste sábado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que decidiu entrar com uma ação militar na Síria. Obama disse ter convicção de que a intervenção militar é necessária, pois houve evidências do uso de armas químicas pelo país.
"Decidi que os EUA devem agir contra Síria", anunciou o presidente em coletiva de imprensa na Casa Branca.
De acordo com declaração, a atitude será debatida e votada no Congresso, que está em recesso, mas deve voltar as atividades no dia 9 de setembro.
"Apesar de acreditar que eu tenha autoridade para realizar [um ataque]sem a autorização do Congresso, nosso país vai ser mais forte se nós fizermos [a discussão]", afirmou.
Obama disse que não vai ser uma intervenção por terra e garantiu que está preparado para atacar a qualquer momento.
O presidente afirmou também que não espera a concordância de todos os países com a ação militar na Síria, mas pediu que aqueles que estiverem de acordo declarem isso publicamente. Ele afirmou que tomará a decisão mesmo sem aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o chefe do governo americano, o governo sírio cometeu violência contra a dignidade humana e fere a segurança dos Estados Unidos, uma vez que pode estimular o uso de armas químicas e proliferação de grupos terroristas. Obama reforçou que considera o governo sírio responsável pelo ataque ao próprio povo. Ele destacou que os Estados Unidos têm de que agir diante desse ato na Síria, que, conforme relatos de serviços secretos americanos, provocou a morte de mais de mil pessoas, entre elas crianças.
A oposição e países ocidentais acusam o regime de Bashar Al Assad de ter usado gás tóxico no ataque do dia 21 deste mês, nos arredores de Damasco, capital síria. O governo sírio rejeita as acusações e atribui a responsabilidade pelo ataque aos rebeldes.
O conflito na Síria já fez, desde março de 2011, mais de 100 mil mortos e levou o país a ser suspenso dos trabalhos da Liga Árabe.
Neste sábado, o avião com os inspetores da ONU, que coletaram amostras e evidências relacionadas a um possível ataque com armas químicas na Síria, chegou ao aeroporto de Rotterdam, na Holanda, anunciou um porta-voz do local.
Com Agência Brasil