O papa Francisco fez uma saída incomum neste domingo (11) para fora do Vaticano para celebrar uma missa sobre a "misericórdia divina" com presos, refugiados e profissionais da saúde. Durante a homilia, ele disse que os cristãos não tinham conceito de propriedade privada: "Os Atos dos Apóstolos contam que 'ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum'. Não é comunismo, mas cristianismo no seu estado puro", afirmou.

A missa foi realizada em uma igreja próxima à Praça de São Pedro, diante de um público reduzido de cerca de 80 pessoas, devido às restrições pelo coronavírus.

Entre elas, havia presos de dois presídios de Roma e de um centro de detenção de jovens, assim como refugiados da Síria, Nigéria e Egito e profissionais da saúde de um hospital próximo.  

O líder espiritual dos 1,3 bilhão de católicos do mundo destacou a importância para os cristãos de servir os demais. 

"Não podemos permanecer indiferentes. Não podemos viver uma meia fé, que recebe mas não dá (...). Fomos misericordiados, sejamos misericordiosos", pediu Francisco. 

O papa, que tem 84 anos e foi vacinado contra o coronavírus antes de sua viagem ao Iraque no início de março, não usou máscara durante a missa. 

Os que fizeram as leituras da Bíblia também não usaram máscaras, enquanto todos os outros na igreja, incluindo os coroinhas e outros sacerdotes, usaram corretamente.