Contra o terrorismo

Segurança em aeroportos foi reforçada e segue mais rígida após 11 de setembro

Sequestro de aviões colocou mundo em alerta e tentativas posteriores de atentados geraram ainda mais regras

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 11 de setembro de 2021 | 03:00
 
 
 
normal

Viajar de avião se tornou uma sucessão de procedimentos de segurança após o atentado ao World Trade Center, iniciado com o sequestro de duas aeronaves em Boston, nos EUA. Da vistoria reforçada de passageiros à ampliação da proibição de itens nos aviões, mudanças decorrentes dos ataques perduram até hoje nos aeroportos de todo o mundo. 

“Havia temor na indústria, porque sabíamos que o que aconteceu nos EUA poderia acontecer em qualquer país. O Brasil sempre quis se envolver menos nas questões internacionais, mas eu, por exemplo, trabalhava em uma companhia aérea que fazia voos para os EUA, então (observava que) nada impedia riscos envolvendo essas aeronaves. Até hoje, há profissionais contratados pelas companhias aéreas para inspecionar quem entra na aeronave, de forma a mitigar esses riscos. Não é qualquer pessoa que trabalha no aeroporto que pode entrar na aeronave, por exemplo”, explica o gestor de operações, segurança e emergências da BH Airport, que gerencia o Aeroporto Internacional de Confins, Robson Freitas.

Veja mais mudanças no mundo ocorridas após o 11 de setembro:

- 11 de Setembro: Escombros das Torres Gêmeas ajudaram a erguer mundo atual
- Celso Amorim: 'O soft power substituiu o militarismo’
- Ataques de 11 de setembro iniciaram nova era na política internacional

Antes de 2001, familiares de viajantes, por exemplo, podiam entrar na área de embarque para se despedir mesmo sem terem passagem, o que é proibido agora. A revista de passageiros também se tornou mais rigorosa, assim como o monitoramento do embarque. A partir de 2006, os líquidos passaram a ser restritos a 100 mL, depois que a polícia britânica desmanchou um plano terrorista de utilizar líquidos explosivos em um avião. 

A atenção às malas também foi redobrada, explica Freitas: “A bagagem de mão ganhou mais atenção, e surgiu a reconciliação de bagagem: se, por algum motivo, o passageiro despachou uma mala e não consegue pegar o voo, ela não pode continuar no voo”, detalha.

Confira outras mudanças nos aeroportos:

- Cabine dos pilotos: visitas foram restringidas, e a porta da cabine foi reforçada. 

- Vistorias reforçadas: casacos e eletrônicos, como laptops, precisam ser retirados para rio-x. Nos EUA, é obrigatório passar por um scanner de corpo inteiro. Em 2000, cerca de 10% das malas eram inspecionadas pelo raio-X; em 2002, esse índice pulou para 90%.

- Filas: passageiros devem chegar pelo menos duas horas antes do coo e contar com atrasos de até 108 minutos devido a protocolos de segurança. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!