Votação no domingo

Uruguai encerra campanha para eleição em meio a protestos contra reformas

Uruguaios escolhem presidente e votam sobre reforma constitucional que pretende aumentar as penas de prisão para crimes graves

Por AFP
Publicado em 24 de outubro de 2019 | 12:26
 
 
 
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Os partidos políticos uruguaios encerraram nessa quarta-feira (23) suas campanhas para as eleições presidenciais de domingo, nas quais a esquerda no poder tenta um quarto mandato consecutivo.

Liderando as pesquisas está o ex-prefeito de Montevidéu e candidato governista Daniel Martínez, 62 anos, que em um comício diante do Rio da Prata afirmou que o "sonho de um novo governo da Frente Ampla é possível".

A coalizão de esquerda, que governa o Uruguai desde 2005, tem 40% das intenções de voto, e Martínez certamente estará no segundo turno, previsto para novembro.

Em outro comício nesta quarta-feira, o segundo colocado nas pesquisas (28%), Luis Lacalle Pou, um senador que renunciou para se dedicar à campanha como candidato do Partido Nacional (centro direita), defendeu um processo eleitoral limpo que chega à reta final "sem falar (mal) do concorrente".

Lacalle Pou, que deverá buscar apoio entre os demais partidos opositores caso chegue ao segundo turno, declarou ter uma "boa relação política e pessoal" com os demais candidatos da oposição. 

"Os uruguaios não nos perdoarão se não chegarmos a um acordo" porque há "uma onda de alternância (instalada) no povo".

Lacalle Pou, 46 anos, deverá buscar nos demais candidatos, como o economista Ernesto Talvi, do Partido Colorado (liberal), e o ex-comandante do Exército Guido Manini Ríos, do Partido Cabildo Abierto, o apoio necessário para vencer no segundo turno.

No total, 2,6 milhões de eleitores estão habilitados para votar no domingo no Uruguai, onde o voto é obrigatório.

Além de eleger o presidente, os uruguaios se pronunciarão sobre a proposta de reforma constitucional que pretende aumentar as penas de prisão para crimes graves, incluindo a adoção da "prisão perpétua" para crimes gravíssimos, a criação de uma guarda policial com efetivos militares, a permissão para batidas noturnas com autorização judicial e o cumprimento efetivo das condenações. A possível reforma foi alvo de manifestações nessa quarta-feira (23)

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