O futuro do trabalho está sendo construído pelas transformações do presente, e, por isso, é importante reconhecer as tendências que estão moldando o ambiente profissional. Nos últimos artigos, focamos o avanço tecnológico e seus desdobramentos, mas, para além disso, há uma série de novidades, como as mudanças na demanda por habilidades, a flexibilização e a possibilidade do trabalho remoto e adoção de uma mentalidade que desenvolva o aprendizado de forma contínua e constante.
À medida que a automação e a inteligência artificial se tornam mais prevalentes, questões éticas e sociais se tornam mais proeminentes. Compreender essas implicações no trabalho com as tecnologias envolve a importância da privacidade, segurança e equidade para a criação de ambientes de trabalho sustentáveis e responsáveis.
Mas a implementação desses tópicos ficará a cargo de quem? Construir uma cultura organizacional aliada ao futuro do trabalho é função dos líderes. Ao ocupar um papel central no desenvolvimento e adaptação das mudanças na equipe, o bom líder deve fazer dessa transição uma possibilidade de crescimento e sucesso profissional não somente dele, mas também de todos os profissionais que estão sob sua supervisão. Para isso, é urgente debater sobre o que é uma liderança consciente.
A liderança consciente envolve a prática de liderar com plena consciência, atenção e intenção. Ela combina elementos da liderança tradicional com princípios e práticas do mindfulness, resultando em uma abordagem mais compassiva, autêntica e centrada no bem-estar das pessoas e do ambiente.
Ou seja, esse modelo reúne todos os aprendizados vindos de uma liderança clássica, focada em processos e resultados, mas alia isso às competências requisitadas para este novo século e pedida pelas pessoas. É promover um estilo de liderança mais humano, conectado e ético, reconhecendo o impacto positivo que um líder consciente possa ter na cultura organizacional.
Algumas das características envolvem autoconsciência e a ideia de um líder mais vulnerável, empático, com escuta ativa, foco na cultura da empresa e uma gestão responsável, sustentável e que priorize a equidade.
Para praticar uma liderança consciente, ela parte do princípio do aprendizado. Por isso é importante aprender, ler, estudar e refletir sobre essa nova filosofia no mundo dos negócios.
Um caminho importante é por meio de eventos com essa temática, como, por exemplo, o CEO Fórum, que a Amcham vai realizar em todo o Brasil para debater justamente a liderança consciente.
Em Belo Horizonte, o CEO Fórum acontece no dia 19 de junho e contará com a presença de diversos palestrantes para discutir os insights, formas e modelos dessa liderança consciente e seu impacto nas organizações e stakeholders que a envolvem.
Rafael Dantas é superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte