No encerramento da versão original de Vale Tudo (1988), Maria de Fátima (Glória Pires) surpreendeu ao se sair vitoriosa, mesmo após uma sucessão de golpes.
A personagem terminou a trama casada com um príncipe europeu homossexual, em um acordo de fachada que lhe garantiu status e segurança financeira. O casamento, articulado por César (Carlos Alberto Riccelli), foi um divisor de águas: garantiu à vilã uma vida de luxo fora do Brasil e reforçou a crítica central da novela sobre a impunidade e a inversão de valores.
No entanto, o remake de 2025, escrito por Manuela Dias, promete tratar esse arco com novos contornos. A autora estuda transformar o destino de Maria de Fátima (Bella Campos) em algo mais alinhado à moralidade do século XXI — ainda que sem perder o espírito provocador da obra original.

A expectativa é que a vilã finalmente enfrente as consequências de seus atos, encerrando sua trajetória de forma menos indulgente e mais coerente com a nova proposta da novela.
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