Vive-se uma crise mundial, em razão da pandemia da Covid-19. Vários países, proativamente, já pensam em como será a vida após este terrível desastre. Por aqui, o pensamento positivo se altera de “nas piores crises surgem as melhores oportunidades” para “nas crises surgem as melhores oportunidades para crises piores”. Prevalece aquele comportamento rasteiro de um pôr e outro tirar, um elogiar e outro criticar. Vigora a máxima inversa de que interesses grupais são maiores que interesses nacionais.
Como alguns integrantes dos Três Poderes, políticos de carreira ou os que devem a carreira a políticos, são tão insensíveis? Não se preocupam com o bem-estar social, mas priorizam interesses de seus respectivos grupelhos? Nestes tempos de pandemia, não dão a mínima ao sofrimento de quem está internado, à angústia de quem não pode ver o parente sob cuidados médico-hospitalares ou, ainda, à dor de quem nem mesmo pode enterrar seu ente querido? São as modernas vivandeiras? Aquelas que, antigamente, acompanhavam e ajudavam soldados em marcha, vendendo-lhes bebidas e comestíveis? Que passaram a pernoitar em dormitórios, vendendo seus corpos aos soldados? Que, atualmente, políticos em pele de bondosos, querem destruir o soldado? Interesses escusos ou radicalismo ideológico?
É tempo de dar um basta na conspiração, é chegado o momento de conjuração. Tempo de sintonia, sincronia e sinergia. Hora de mitigar pandemias e radicalismos. Hora propícia a correções de rumo, à busca de oportunidades de interesse comum, a um grande movimento sinérgico, a uma necessária reflexão. Em relação à Covid-19, inicialmente priorizou-se o microfoco, a saúde do povo brasileiro. Após análises objetivas, surgem recomendações de que, sem abandonar a prioridade ao microfoco, urge um trabalho nacional voltado para um macrofoco: a saúde do Estado brasileiro.
Convém minimizar divergências quanto aos caminhos a percorrer, para que o fim seja um só: impedir que o Estado brasileiro adoeça, não apenas no aspecto médico, mas também, nos campos econômico político, psicossocial, científico e tecnológico. Que nosso país ressurja desse desastre mais fortalecido, incrementando práticas de ética, honestidade, cidadania, nacionalismo, de união.
Quem alavancará essa transformação somos nós, que devemos levar nossas aspirações aos verdadeiros políticos, que são o veículo, não o boleeiro.