Opinião

Parabéns ao Rei Pelé

Oitenta anos do maior jogador de futebol da história

Por Carlos Eduardo Guilherme (Pacome)
Publicado em 23 de outubro de 2020 | 03:00
 
 
 
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Hoje o Rei Pelé completa 80 anos. Nascido em Três Corações, no dia 23 de outubro de 1940, Pelé é considerado o maior jogador da história. Começou no futebol jogando pela equipe infantil do Bauru Atlético Clube, do interior de São Paulo, e mais tarde, em 1956, foi levado por Waldemar de Brito para a Vila Belmiro. Assim começou a carreira de Pelé, que deu ao Santos o bicampeonato mundial interclubes em 1962 e 1963.

Sua consagração veio na Copa do Mundo da Suécia, em 1958, aos 17 anos, quando o Brasil foi campeão pela primeira vez. Na Copa do Chile, em 1962, Pelé sofreu uma distensão muscular e deu adeus ao torneio. Pelé participou também da Copa de 1966, na Inglaterra, e da Copa de 1970 no México, quando a seleção trouxe a taça Jules Rimet em definitivo. Foi apelidado de “O Rei” pela imprensa francesa, em 1961.

Goleador nato, foi o maior recordista em gols. O milésimo foi marcado em 1969, no Maracanã, no jogo Santos 2 x 1 Vasco. Em 1997, foi condecorado com o título de sir cavaleiro honorário do Império Britânico pelas mãos da rainha Elizabeth II. Em 1981, o jornal francês “L’Équipe” concedeu a ele o título de “Atleta do Século”, resultado de uma pesquisa feita com os 20 mais importantes jornais do mundo. O título de Maior Futebolista do Século veio em 1999, pela Unicef, na Áustria, e seguiram-se muitos outros. Em 2000, na conturbada eleição de “Melhor Jogador do Século” da Fifa, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, à frente do craque argentino Diego Maradona.

O saudoso mestre Armando Nogueira disse certa vez: “Se Pelé não tivesse nascido gente, nasceria bola”. Ele parou uma guerra no Zaire por causa de amistoso do Santos no país. Rodou os quatro cantos do mundo divulgando o nome do Brasil e tornando-se a figura mais conhecida do planeta.

Depois de um gol antológico do rei contra o Fluminense, o jornalista Joelmir Beting sugeriu que o gol fosse imortalizado com uma placa de bronze. Uma semana depois, a placa ganhou morada no saguão do estádio, com seguintes dizeres: “Neste campo, no dia 5.3.1961, Pelé marcou o tento mais bonito na história do Maracanã”. A propósito, essa homenagem deu origem ao termo “gol de placa”.

Falar mais o quê desse gênio do futebol? Infelizmente, boa parte do povo brasileiro insiste em confundir Edson Arantes do Nascimento, um ser humano com defeitos como outro qualquer, com Pelé, a misteriosa entidade que encarnou nesse atleta para mostrar ao mundo o que é a perfeição no futebol. Os argentinos não misturam as jogadas geniais de Maradona com as peraltices de Diego. Incapazes de enxergar a diferença entre um o homem e o deus dos estádios, muitos brasileiros dão mais importância à meia dúzia de “gols contra” atribuídos a Edson Arantes de Nascimento do que aos mais de 1.200 maravilhosos gols de Pelé.

Os homens, a exemplo dos grandes painéis, devem ser admirados de longe. Não tente entrar na sua intimidade, você poderá se decepcionar.

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