Quem é esse coronavírus, o novo inimigo da humanidade? Seria uma invenção da indústria de medicamentos, como tem sido questionado? No meu entendimento, a resposta para esse questionamento é: não! Não se trata de uma criação ambiciosa para ganhar dinheiro. Ele, no entanto, é mais um dos eventos normais da evolução natural. Porque, sim, um vírus também evolui.

Se a evolução natural de Darwin nos trouxe até aqui, fazendo com que nós nos adaptássemos às mudanças do mundo e, assim, nos tornando mais resistentes para viver, ela faz o mesmo com os vírus e bactérias. É por isso que vez ou outra aparecem novos tipos de infecções que ainda não sabemos como tratar – como é o caso atual. O vírus passa por mutações e encontra novas formas de sobreviver, o que às vezes pode resultar em uma mutação prejudicial ao organismo humano, como aconteceu com esse novo grupo viral coronavírus, cuja doença ganhou o nome de Covid-19.

Ele é mais um da família “coronavirus” e aparentemente mais grave e letal que seus “familiares”. Mas ele chegou agora, e todo estrago já causado é porque ainda não conseguimos estudá-lo melhor. É importante ressaltar que o novo coronavírus não conduzirá ao apocalipse.

Temos a tarefa de aprender a lidar com ele e vamos conseguir, assim como aprendemos a lidar com o ebola, com o HIV, com o Sars, com o H1N1. Para todos os casos citados, ainda temos que buscar soluções melhores e definitivas, porém devemos comemorar os tratamentos já descobertos e as medidas preventivas.

Os últimos casos de ebola, por exemplo, dão sinais de que estamos presenciando um possível fim da epidemia. E assim também há de ser com o novo coronavírus, e vamos ganhar mais essa batalha.

No caso do novo coronavírus em particular, a batalha será pelo controle, uma vez que, pelo que já é sabido, o vírus é muito ágil em contaminar mais pessoas, mas pouco eficiente em levar esses pacientes ao óbito. Não quer dizer que o controle será fácil, mas será menos doloroso para a humanidade se considerarmos que já enfrentamos momentos de crises muito maiores em outras ocasiões, tal como a gripe espanhola na Europa, ocorrida há um século.

Já que a briga vai ser por controle, vamos repassar alguns pontos: precisamos manter o vírus onde ele já está, evitando novas contaminações.

Para isso devemos respeitar os cuidados básicos de higiene e controle ambiental. Mãos muito bem lavadas com água e sabão, evitando sempre tocar olhos e boca. Atenção ao espirrar e tossir perto de outras pessoas, além de evitar visitar pacientes com sintomas gripais. Simples! Sem alarde e com ampla possibilidade de todos aderirmos. Vamos juntos?