Opinião

Tecnologia e aprendizado

Desenvolvimento da educação

Por Samir Iásbeck
Publicado em 10 de março de 2020 | 03:00
 
 
 
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Normalmente, quando as pessoas pensam em ensino a distância, elas se imaginam em aulas gravadas em vídeos, materiais em PowerPoint e às vezes aquela visita mensal ao professor responsável, certo?

Porém, o mundo tem passado por muitas transformações tecnológicas, e é essencial que as jornadas de aprendizado sejam reformuladas para que fiquem mais atrativas e engajem efetivamente os estudantes, principalmente as novas gerações – que têm uma relação bem diferente com a maneira de aprender e com a tecnologia.

Os nascidos a partir de 2010 (geração alpha), por exemplo, são nativos digitais. O uso do smartphone para esse grupo de pessoas foi algo natural como andar. Não é possível utilizar com eles os mesmos recursos que antes eram utilizados pelas outras gerações.

De acordo com o relatório “Emprego dos Sonhos?”, apresentado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, durante o Fórum Econômico Mundial, atualmente, os jovens do mundo todo passam mais anos estudando do que as gerações anteriores e, mesmo assim, têm grande dificuldade em encontrar um emprego e conciliar o que é aprendido na escola com o que é exigido no ambiente profissional.

Esse cenário mostra o quanto a metodologia de ensino tem que se atualizar para oferecer aquilo que as próximas gerações buscam.

Sendo assim, como deixar o aprendizado ainda mais atraente e “engajante”? A resposta está na mistura de diversas tecnologias e muita personalização, afinal, cada um adquire conhecimento à sua maneira.

Por isso, por que não fazer dessa experiência a mais interessante possível, reunindo vários elementos tecnológicos para entregar conteúdos relevantes em diferentes formatos?

Podemos usar um mix de tecnologias diferentes, desde a realidade virtual, que dará ao estudante a sensação de realidade ao material a que ele tem acesso, até realidade aumentada, que une o mundo virtual ao real e proporciona uma interação capaz de entusiasmar os estudantes.

Para aprofundar o interesse, vale adicionar a gamificação, que nada mais é que o uso da dinâmica dos jogos para ensinar; microlearning, um formato de estudo online e de curta duração com cursos mais focados e com atividades mais rápidas; chatbots, um programa que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas; entre outras opções.

Todos esses recursos podem auxiliar para que a jornada de aprendizado possa fluir de maneira ainda mais eficaz do que somente por meio de videoaulas, apresentações e provas de múltipla escolha. O mais importante é pensar diferente do convencional para alcançar a atenção desses estudantes e proporcionar uma experiência mais incrível.

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