Coluna do Daniel Seabra

E aí, o futebol é espetáculo? Dá pra esperar um show por jogo?

Torcedores de Atlético e Cruzeiro esperam um futebol majestoso por partida; a vida real não é bem assim

Por Daniel Seabra
Publicado em 06 de maio de 2022 | 16:13
 
 
 
normal

Olá, pessoal! Pois é, a partir de hoje eu também estou por aqui, escrevendo sobre o nobre esporte bretão e, por vezes, dando uns pitacos em outras áreas. E, claro, gostaria muito de contar com a sua participação. Entre em contato. Mande sua dica, sua crítica, sua sugestão, o que você achar pertinente. O importante é a sua interação (respeitosa, claro... Dureza ter que pedir isso, mas no mundo atual...).

E como pontapé inicial, vamos logo na canela.

O assunto 'pipocante' do momento: o imediatismo do torcedor. E dos dois lados.

Então vamos lá!

Por ordem alfabética, vamos começar pelo Atlético. O tocedor ficou 'bem-acostumado' com o time e a forma como a equipe jogava ano passado. Vale lembrar que os 11 são (ou podem ser) os mesmos, mas lá no banco, o comando mudou. E aí muda o esquema.

Acho que ainda é cedo para detonar o Turco, como muitos torcedores estão fazendo. E é aí que mora o perigo do imediatismo. O torcedor quer show todo jogo? Tudo bem, concordo que o time vem perdendo alguns gols que, costumeiramente, não perdia em 2021.

Mas vamos aos números frios. Nesta temporada, desde que chegou, Mohamed comandou o Atlético em 24 jogos. Foram 16 vitórias, seis empates e apenas uma derrota. Uma derrota. E com o time completamente misto, contra a URT, ainda pelo Estadual.

Além disso, o argentino conquistou dois títulos: Supercopa do Brasil e Campeonato Mineiro.

Se os números falam por si, como contestá-los neste momento? Não é melhor esperar um pouco?

E aí eu emendo com o outro lado da lagoa. Qual o principal objetivo do cruzeirense no ano? Obviamente, e não é segredo para ninguém, todos no clube e na arquibancada querem a volta à Série A.

Pois bem. Depois de um bom Campeonato Mineiro, reconhecido até mesmo pela torcida, que abraçou o projeto do Ronaldo e incentivou o time, o time está em duas competições paralelas. Na Copa do Brasil, depois de duas classificações (e de forma satisfatória), vem de uma derrota para o Remo, na qual o time teve dois gols contestados (de forma justa) e decidirá em casa, um resultado plenamente reversível.

Mas e na Série B? Torcedor, o Cruzeiro, pela primeira vez nestes três anos que está na disputa, consegue aparecer no G4, com três vitórias (sendo duas seguidas), com o mesmo número de pontos do vice-líder e somente três atrás do primeiro colocado.

"Ah, mas o time não vem jogando tão bem, não mostra um futebol vistoso." Mas, numa boa, é de se esperar isso? Teremos grandes jogos, com muita categoria e show de bola na Série B? Ou o objetivo é voltar?

Ao final do ano, se o Cruzeiro disputar vários jogos mostrando um grande futebol e terminar em quinto, o cruzeirense se lembrará deste bom futebol? Ou seria melhor, na base da raça, da vontade, arrancar um 2 a 1, ou um 1 a 0 aqui e outro ali, e chegar entre os quatro?

Estamos no início da competição, acredito que ainda não seja o momento de tanta cobrança mais pesada.

Vamos com calma, meus amigos. Muita calma. Vamos cobrar na hora certa. Caso contrário, os dois 'projetos' podem ir por água abaixo.

Ah, e preparem os bolsos. Em 2023 deveremos ter Paul McCartney no Brasil de novo.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!