Não deu para o América na Copa Libertadores. Depois do empate por 2 a 2 com o Tolima, na quarta-feira (18), o Coelho deu adeus a qualquer chance de se classificar à próxima fase da competição. Ainda sonha com uma vaguinha na Copa Sul-Americana, que seria sensacional para o clube.
Mas estas linhas não são para tratar disso. O que vale ser ressaltado é o que já foi feito pelo Coelho. Vamos lá! Algum torcedor americano, por mais otimista que seja, pensou em ver o time passar por dois clubes tradicionais da América do Sul (Guaraní-PAR e Barcelona-EQU) e entrar na fase de grupos da principal competição de clubes do continente?
Acho pouco provável que alguém, sinceramente, diga sim. Mas e aí, o Coelho deu de ombros para os críticos e os pessimistas, e chegou lá. Claro, todo mundo sabia que seria muito difícil ir à próxima fase. Existiu uma ponta de esperança, quando o time mineiro teve confirmados os quatro primeiros jogos em Belo Horizonte (três como mandante e um o clássico com o Atlético).
Mas não deu certo. Não vamos aqui entrar no mérito dos motivos, isso já foi amplamente comentado. O negócio agora é valorizar o que foi feito. Foi legal ver o América, depois de tantos anos de história, participar de uma Libertadores.
Só pela entrada na fase de grupos, o Coelho embolsou 3 milhões de dólares. Isso sem contar a exposição da marca. Os jogos do time mineiro foram transmitidos para vários países.
Agora, um puxão de orelhas é necessário. O torcedor americano ficou devendo (e muito). No primeiro jogo do time, na derrota para os paraguaios, ainda na segunda fase, pouco mais de 6.400 pessoas estiveram no Independência.
Na segunda partida em casa, ainda antes dos grupos, no empate sem gols com o time de Guayaquil, ligeira melhora: 7.227.
Mas aí, na fase grupos, quando se fazia ainda mais necessária a presença do torcedor, decepção. Contra o Independiente Del Valle, foram 5.353 pessoas.
E contra o Tolima, quando o Coelho mais precisava de apoio, buscando uma vitória para seguir com boas chances, somente 4.651 torcedores estiveram presentes. No clássico com o Atlético, com mando americano, foram 5.486 pessoas ao Horto. Levando-se em consideração que o estádio tem capacidade para 23 mil pessoas, esses números são bem baixos.
Já vimos o América levar mais gente aos seus jogos, principalmente em retas finais de Série B. Não consigo entender a cabeça de um torcedor que acompanhou um clube com 110 anos de história e, quando alcança uma vaga almejada por todos na América do Sul, simplesmente não vai.
Enfim, agora é valorizar onde chegou o Coelho e voltar a atenção para a Série A. A meta é a permanência. Se beliscar uma vaguinha na Libertadoes de novo... É lucro..