Prevenção à dengue

Nesta semana, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou a quinta morte por dengue em Minas Gerais. Desde novembro do ano passado, já são cerca de 14 mil casos confirmados da doença e outros 20 mil em investigação. Números bastante inferiores ao da última epidemia, registrada em 2019, quando 188 mineiros morreram e quase meio milhão foram provavelmente infectados pelo Aedes aegypti.

Os números atuais não configuram um surto, mas servem de advertência em um momento em que as atenções estão voltadas para a pandemia do coronavírus. Outras doenças recorrentes continuam proliferando no país e precisam ser enfrentadas, vigiadas e prevenidas com ações sistemáticas tanto pelas autoridades sanitárias quanto pelas famílias em suas casas.

Nas últimas duas semanas, 159 casos de dengue foram confirmados em Minas, números dentro do esperado para o período e que se favorecem da preocupação com a higienização mais rigorosa em função da pandemia.

Outros fatores também devem ser levados em conta. Neste período, avançaram na Universidade Federal de Minas Gerais as pesquisas sobre a implantação de genes nos vetores para aumentar a resistência à infecção dos mosquitos e reduzir as taxas de transmissão para humanos. Bem como o desenvolvimento, em fase-piloto, de softwares de gestão da vigilância a fim de identificar em tempo real os locais de incidência.

Mas a população também precisa fazer a sua parte, mantendo reservatórios de água e lixeiras sempre tapados, quintais e ralos limpos, além de ralos internos e calhas desobstruídos. Trata-se de abrir o olhar da prevenção às vésperas do período sazonal da dengue, que começa em dezembro, e garantir que a saúde e a vida continuem a prevalecer.