A segurança é dever do Estado e responsabilidade de todos, de acordo com a Constituição Federal de 1988. Fazer valer esta máxima durante o Carnaval é tarefa cada vez mais árdua a ser cumprida pelos belo-horizontinos desde que a festa começou a crescer exponencialmente na capital.
A folia na cidade chegou a 2020 capaz de resistir à onda de notícias negativas que marcaram o início de ano do mineiro. As tragédias causadas pelas chuvas, principalmente, lançaram as autoridades em uma corrida contra o tempo para garantir o bom andamento do Carnaval.
A Prefeitura de BH expôs ontem preocupação com as condições climáticas e planos para possíveis alagamentos. Uma superestrutura que custará R$ 14 milhões. A festa começou oficialmente no último sábado, sem intempéries.
Mas o ponto alto da folia será no próximo fim de semana e, apesar do monitoramento dos órgãos de segurança, há cuidados que fogem ao controle das autoridades.
Nos últimos anos, cenas de jovens que abusaram do álcool chocaram. Oito em cada dez atendimentos médicos durante a festa em 2018 foram relacionados ao exagero no consumo da substância, o que, no momento atípico pelo qual passa a cidade, pode causar tragédias letais.
A maior festa do mundo não pode vir antes da vida. A preservação da integridade física das pessoas depende de cada indivíduo que, quando unido a outros, integra uma multidão, e esta passa a agir como uma “entidade única”, como define a psicologia das massas.
Aplicativos de orientação como o Google Maps e o Waze podem ajudar a definir se é hora de colocar o bloco na rua ou não. A higiene, principalmente das mãos, também deve ser observada para evitar infecções.
As tragédias recentes poderiam ter sido evitadas e têm raiz na omissão de pessoas e grupos.