Não poderia ser pior o cenário para o setor industrial, que continua patinando seguidamente, registrando, há vários meses, sucessivas quedas de produção e perda de competitividade sob o peso dos impostos, das altas taxas de juros e do desaquecimento.
O mais novo dado dessa crise duradoura foi divulgado ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou queda de 8,9% na produção em julho último na comparação com o mesmo mês de 2014.
Interrupção de linhas de produção em estratégicos setores, a exemplo da indústria de veículos, concessão de férias coletivas e demissões em massa, lamentavelmente, têm sido uma rotina no país.
A repercussão mais imediata disso é o recrudescimento do desemprego e o aumento das dificuldades para milhares de famílias, que passam a cortar até itens essenciais e indispensáveis a uma vida digna.
O governo federal ainda não foi capaz de apontar uma saída que permita, pelo menos, vislumbrar-se uma luz no fim do túnel, visando à retomada do crescimento. Pelo contrário, a cada dia deixa escapar um novo indicador desfavorável.
No caso do setor produtivo, outro dado que chama a atenção é a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), confirmando a desigualdade na concorrência com os importados. O vilão, nesse caso, é a China. Conforme a entidade, 16% das indústrias perderam participação no mercado interno em função das importações de produtos chineses.
Há também uma acirrada disputa no mercado internacional, pois mais da metade das empresas exportadoras do Brasil concorre com a China em outros países. Sem condições de competir, muitas empresas têm deixado de exportar.
O contexto, como se vê, nunca esteve tão desfavorável a quem produz e trabalha. O empresariado não se cansa de clamar por reformas, mas elas são sempre adiadas por falta de empenho e interesse de um governo que parece à deriva.
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