A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, veio a público, recentemente, para fazer uma ampla defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, como se tivesse sido convocada a interferir no assuntos internos do Brasil.
Com o povo argentino vítima de crise aguda e empobrecendo a olhos vistos, Kirchner parece estar metida até o pescoço em uma espécie de teoria da conspiração.
Conspirações patrocinadas pelos Estados Unidos e por serviços de inteligência eram comuns no passado. Atribui-se a articulações do governo norte-americano a queda de vários governos latino-americanos.
A história aí está para registrar a deposição de Salvador Allende, no Chile, e a derrubada de João Goulart pelo golpe militar de 1964, tudo, supostamente, com apoio dos EUA e trabalho sujo da Central de Inteligência Americana (CIA).
Hoje em dia, contudo, os tempos são outros, e não é possível que haja um movimento orquestrado a partir dos EUA para tirar Dilma do Palácio do Planalto. Afinal, nunca fomos uma república de bananas, como os gringos nos viam.
A teoria da conspiração, como se sabe, é qualquer forma de tentar compreender ou explicar algo, tendo como princípio que sua natureza é secreta e parte de um plano conspiratório. É, ainda, uma tentativa de elucidar algo que, até então, não tem explicação, fazendo referências a momentos históricos.
Tanto na Argentina como no Brasil, não resta dúvida, o ciclo autoritário foi demasiadamente longo, deixando milhares de mortos e desaparecidos. Nisso ela tem razão de temer o passado e os riscos de ver ressurgir a extrema direita golpista.
Mas daí a atribuir a onda de panelaços contra o governo a fatores externos, como deseja Kirchner, vai uma distância grande. O panelaço é contra os ladrões de terno e gravata que sugam bilhões em recursos públicos, enquanto a estabilidade econômica duramente conquistada vai por água abaixo.
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