Que Cristiano Ronaldo é um obcecado por títulos e marcas históricas, todo mundo sabe. Dava para imaginar também ele chegando bem fisicamente aos 36 anos e mantendo o nível acima da média de sempre - basta lembrar suas atuações na Eurocopa no meio do ano. No início dos boatos sobre sua saída da Juventus, seu nome foi ligado a uma experiência na MLS, a liga norte-americana, e ao PSG. Para o bem do futebol e, de acordo com sua necessidade de jogar em alto nível, ele decidiu aceitar um desafio maior.
Em poucos dias, CR7 encerrou seu ciclo na Juventus, onde nunca se acertou com um treinador, apesar dos números sempre excelentes e de títulos, teve o nome ligado ao Manchester City e terminou voltando ao Manchester United. No City, jogaria sob o comando de Guardiola, o que seria interessante, mas, para sua história e por tudo o que falou em relação ao United, seria um ranço desnecessário na altura de sua carreira.
No United, além da idolatria já pronta, vai ter muita gente jogando para ele. Atletas que cresceram vendo Cristiano jogar e que o tem como ídolo. Jovens como Rashford, Greenwood e Sancho, criados na cidade, além do compatriota Bruno Fernandes. Pode jogar como um homem de área e ser servido por vários bons jogadores. A chegada dele eleva o patamar do United e da própria Premier League. Até então, o clube não era um dos favoritos ao título. Já dá para sonhar com o português em campo, apesar de precisar de ajustes defensivos.
Fora de campo, os ganhos óbvios. O nome de Cristiano Ronaldo atrai patrocinadores, mais dinheiro, mais camisas vendidas e uma infinidade de pontos positivos. Em poucas horas após o anúncio da contratação, só no Instagram, o United ganhou mais de um milhão e meio de seguidores.
No City ou no United, Cristiano jogaria (e vai jogar) na melhor liga nacional do planeta, vai lutar pelo título em um torneio com outros candidatos de peso e vai se acostumar a jogar jogos grandes quase em todos os finais de semana. Ele segue sua luta pela excelência.
Como fã de futebol, adoraria que essa Premier League tivesse também o brilho incontestável de Messi. Torci até o último minuto para que o argentino acertasse com qualquer clube da elite inglesa. Confesso que, esportivamente falando, acho muito pouco para Messi o Campeonato Francês, especialmente pela distância do PSG em relação aos demais. Veremos shows de Messi a cada fim de semana, mas queria ver o hoje camisa 30 em um torneio mais disputado e acirrado. Entendo o sonho francês pela Champions League e respeito a opção de Messi por uma liga nacional mais 'tranquila', mas que seria bacana ter Cristiano e Messi novamente em um mesmo campeonato, seria.