Lucas Gonzalez

O 2° maior leilão da história do país

Concessão do 5G pavimenta caminho para o desenvolvimento


Publicado em 15 de novembro de 2021 | 03:00
 
 
 
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No segundo maior leilão da história do país, atrás apenas da licitação do pré-sal, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) conseguiu vender praticamente todos os lotes de frequências ofertadas do 5G. O governo arrecadou R$ 7,089 bilhões, um ágio de 247% sobre o lance mínimo das faixas ofertadas, na quinta-feira (4), de R$ 2,043 bilhões. Os números foram calculados pela Conexis, instituição que representa as maiores operadoras do país.

No total, foram 26 lotes licitados, e dois de abrangência nacional da faixa de 3,5 GHz, a principal do 5G, não receberam interessados. Também ocorreu uma lacuna na oferta do lote F04, destinado a oferecer tecnologia 4G na região Nordeste, dentro da faixa 2,3 GHz. A Brisanet já havia arrematado o lote E4, na mesma faixa, para atender a região com 4G. A diferença entre os lotes tipo E e tipo F é que o primeiro conta com 50 MHz no bloco, e o segundo, 40 MHz.

As grandes e principais operadoras do país arremataram os blocos mais nobres, mas quatro empresas conseguiram entrar no mercado de telecomunicações e devem ampliar a concorrência no setor. O leilão tem o compromisso de levar conectividade até as escolas públicas urbanas e rurais. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a realizar o leilão do 5G, segundo Faria. A previsão é que o sinal de 5G, com uma velocidade 20 vezes maior do que o 4G e capacidade para conectar equipamentos esteja operacional no país a partir do ano que vem.

Foram ofertadas quatro faixas de frequências, sendo que duas delas, de 700 MHz e 2,3 GHz, servem para aprimorar a cobertura do 4G e distribuir o sinal do 5G em um futuro próximo. As duas outras faixas, de 3,5 GHz e 26 GHz, são do chamado 5G puro, de banda larga fixa.

Em dois dias, houve a análise das propostas de 15 empresas interessadas na licitação, e a última faixa a ser negociada, de frequência 26 gigahertz (GHz), foi arrematada pelas empresas Tim, Claro e Telefônica (dona da Vivo). As três licitantes, as maiores do setor de telefonia no país, serão responsáveis por levar internet de qualidade às escolas de educação básica. A medida é uma contrapartida pelo direito de explorar a faixa.

A frequência 26GHz é a faixa com maior capacidade de transmissão de dados com o menor tempo de resposta, ou seja, a mais rápida. Os lotes nacionais da faixa foram arrematados pela Claro e pela Vivo, que terão o direito de exploração por 20 anos. Cada empresa vai pagar ao governo federal R$ 52,825 milhões por cada lote. 

A Claro adquiriu dois lotes, e a Vivo, três. Já a Tim arrematou por R$ 8 milhões um lote com atuação na região Sul com duração de também 20 anos de exploração. A Winity II Telecom venceu o arremate de um lote pelo valor de R$ 14.278 bilhões. A empresa passa a integrar agora o time das operadoras de telefonia móvel do país e, em contrapartida, implementará a tecnologia 4G em rodovias e outras localidades com menor acesso à rede.

Já em relação à faixa 2,3 GHz, responsável pela cobertura 4G em 95% das regiões urbanas que ainda não possuem acesso à tecnologia, três empresas garantiram lotes desta frequência. A Claro vai atender as regiões Centro-Oeste, Sul e Norte e Estado de São Paulo. A Vivo atenderá os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Por último, a Brisanet levará o 4G ao Nordeste.

Este é o caminho que planeja e pavimenta o desenvolvimento econômico e tecnológico do país, bem como fomenta a geração de empregos. E é o que sempre digo: se a chegada assegura a prosperidade, o percurso vale a pena. Que venham novos e promissores leilões para a história brasileira!

 

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