Há quase 50 dias estão em greve, já por tempo indeterminado, os funcionários da Copanor, empresa controlada pela Copasa, por não terem sido atendidos nas suas reivindicações de reajuste de salários e seus benefícios em 100% do INPC. Ontem, dia 30, a direção da Copasa suspendeu o crédito da cesta básica de R$ 500 que deveria fazer na data, como reação ao movimento de paralisação. Na Copasa, que está em operação normal, o benefício mensal para pagamento de cesta básica e do tíquete refeição é de R$ 1.100 mensais. Mas o pior ainda está por vir: está na Assembleia Legislativa a divisão da Copasa em 22 blocos regionais, aos quais será destinada a operação, com orçamento próprio e outras particularidades para sua quase total autonomia. Temem os funcionários que tal estratégia equipare a Copasa ao estrondoso e irreversível desastre gerado no Rio de Janeiro com o Cedae, que mandou para o espaço aquilo que um dia foi uma empresa estatal concessionária de serviços de água e esgoto. A ALMG terá muito o que discutir antes de aprovar tal divisão, para que se leve adiante a entrega do filé e sobre o osso para o Estado. Atenção, senhores deputados.