O ex-deputado Roberto Jefferson, um dos mais experimentados parlamentares que já passaram pela Câmara, tem se valido das redes sociais e de parte da imprensa para tentar voltar à cena. Quando denunciou o PT e suas manobras nos Correios não imaginava que poderia ser recolhido pelo mesmo camburão que acomodou os que com ele formavam a fila da propina. Gritou, denunciou cúmplices e foi em cana. Já livre – e sua filha Cristiane também –, ele passou todos os dias do último ano com o mesmo discurso usado para fustigar o Judiciário e criar um bate-boca; ninguém lhe deu bola. Nos últimos dias seu alvo passou a ser o senador Rodrigo Pacheco, que, pelo visto, não vai fazer render o papo. Triste vermos como uma figura desse naipe já teve tanta importância, já mandou em meia República, preside e controla partidos e seus membros e ainda é ouvido por outros tantos sob o argumento de que, num momento da história, foi muito útil no combate à corrupção. Na verdade, foi descuidado, errou no tom da ameaça e passou quase dois anos atrás das grades. E a filha foi no mesmo caminho, com as mesmas atitudes.