O que não falta no mercado são modelos de gestão, principalmente com o surgimento de novas tecnologias. Existem opções participativas, por processos, competências e outros. Com isso, o desafio está em escolher entre eles. E, para isso, algumas variáveis devem ser consideradas, como o segmento de atuação e o objetivo final da empresa.

Nesse contexto, destaca-se o sistema de gestão orientado por resultados, que usa a definição de metas e indicadores como metodologia principal. O aumento do engajamento dos funcionários e, consequentemente, da produtividade faz com que se destaque em relação à gestão de processos, considerada mais tradicional e que atribui metas individuais que, muitas vezes, não dialogam com o objetivo geral do negócio.

Os críticos da gestão por resultados argumentam que é um sistema caótico por essência, por focar prioritariamente o objetivo final. No entanto, é importante esclarecer que os processos não são negligenciados. O que ocorre é simplesmente uma inversão de estratégia. A gestão por resultados parte do pressuposto de que as etapas surgem como consequência da definição de metas.

A implantação pode exigir um processo de adaptação. O grupo Áquila, que oferece consultoria de gestão, é considerado referência no assunto. Entre os clientes do grupo estão Gerdau, Vale, ArcellorMittal, CSN e Embratel, que se desenvolveram aplicando princípios como mensuração objetiva de resultados, definição de metas com critério financeiro e redução do turnover.

O modelo de gestão por resultados é descendente direto do fordismo – sistema que revolucionou a indústria no século XX e se manteve soberano até meados da década de 70. O fator que causou o declínio desse modelo foi uma queda na qualidade em relação a outros concorrentes, que atendiam melhor às demandas de consumo da época. Apesar disso, a gestão por resultados, que apresenta princípios similares, tem ressurgido com força nos últimos anos.

Como explicar o renascimento de um modelo considerado decadente até pouco tempo atrás? A resposta está no contexto histórico desse fenômeno. Mais especificamente, no surgimento das novas tecnologias que permitem aprimorar processos de produção e moldá-los para que se aproximem dos objetivos da empresa sem que a qualidade seja prejudicada.

A tecnologia é hoje um dos pontos decisivos para o modelo de gestão por resultados. Os gestores que optam por adotá-lo podem contar com softwares que automatizam quase todos os processos manuais, desde o armazenamento de dados até o acompanhamento de indicadores e metas.

Na hora de se definir um modelo de gestão, focar os resultados é estratégico. De nada adianta ter uma equipe qualificada e processos sofisticados se não houver um alinhamento com os objetivos do negócio.