O que há em comum entre atletas de alto desempenho e executivos de sucesso? Embora não pareça existir um ponto de interseção, uma série de fatores unem esses dois mundos. No livro “A Pirâmide do Sucesso”, escrito pelo norte-americano John Wooden, essa relação fica ainda mais próxima da realidade. Durante 12 anos, o autor foi o técnico da equipe de basquete da Universidade da Califórnia (Ucla), em Los Angeles, e, nesse período, conquistou dez campeonatos anuais da liga nacional de basquete masculino universitário, ou seja, perdeu apenas dois. Por esse feito, foi considerado, pela ESPN, o maior técnico do século XX e o número 1 de todos os tempos pela “The Sport News”.
Na obra, Wooden mostra como aliou a prática do esporte, incluindo técnica, regras e habilidades dos jogadores, à sua metodologia de liderança. O modelo é chamado de “pirâmide” por começar na base com as características imprescindíveis, segundo ele: empreendedorismo, amizade, lealdade, cumplicidade e entusiasmo. No topo, os tópicos passam desses aspectos “humanos” para as habilidades mais técnicas, até chegar ao espírito de competição.
As lições do treinador servem de inspiração para executivos de todo o mundo. Isso porque, assim como no esporte, o campo empresarial demanda motivação, saber exatamente o que se está fazendo e, em caso de falhas, erros ou desempenho abaixo da média, investir em treinamento intensivo. Outros três aspectos presentes, o tempo todo, em ambos os contextos, são: planejamento, execução e métricas.
Atletas estão, constantemente, batendo recordes e superando a si mesmos em relação às competições, como o jamaicano Usain Bolt, único a ter vencido três vezes, em Olimpíadas, as provas de 100 m e 200 m. Ele também bateu algumas de suas próprias marcas, sendo considerado o homem mais rápido da história. Da mesma maneira, os executivos precisam superar os desafios de uma competição comercial em nível global. A entrada em um novo segmento ou aumento de determinada fatia de mercado são alguns exemplos.
O executivo Abílio Diniz, que, por anos, esteve à frente do Grupo Pão de Açúcar e elevou a organização a um nível altamente competitivo, é uma das referências de como o esporte e o mundo corporativo se complementam. Desde criança, os negócios e a prática de esportes foram nortes para o empresário, que, em 2004, lançou o livro “Caminhos e Escolhas: O Caminho para uma Vida Mais Feliz”. Assim como o treinador John Wooden, Diniz expôs seus seis pilares para uma vida feliz: atividade física, alimentação, controle do estresse, autoconhecimento, amor, espiritualidade e fé.
Mas, entre todas essas características e pontos de convergência que aproximam esses perfis, algo, em especial, pode ser considerado a chave de sucesso das carreiras de atletas e executivos. Antes do desenvolvimento de qualquer habilidade física ou técnica, como a velocidade, no caso de um atleta, ou a capacidade de convencimento em vendas, para os executivos, os fatores humanos, que dizem respeito ao autoconhecimento, precisam ser desenvolvidos. A partir disso, as habilidades técnicas e os talentos têm caminho aberto para tornar atletas e executivos pessoas de referência naquilo que fazem.
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- Matheus Vieira
- Artigo
A relação entre o esporte e os negócios
Um ponto de interseção entre esses dois mundos
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