A reestruturação empresarial é um processo que consiste na modificação de fluxos, sistemas ou estratégias de posicionamento vigentes, alterando a estrutura e as formas de gestão da empresa. Geralmente, é fruto de um diagnóstico preciso que identifica os gargalos que vêm prejudicando o desempenho das equipes e gerando desperdícios. É importante que essa reformulação seja um esforço conjunto, com a participação de várias lideranças internas e setores estratégicos, com destaque para o de Recursos Humanos (RH), que será responsável por guiar os colaboradores rumo à nova fase.
Trata-se de uma iniciativa ousada, afinal, não há garantias de que a nova abordagem será tão eficaz quanto o esperado. No entanto, existem vários exemplos de empresas que investiram nisso e tiveram bons resultados. Um deles é o da Lego. Em 2004, a fabricante de brinquedos, que vivenciava uma significativa redução em seus lucros, fez uma transformação interna radical, simplificando processos e enxugando seu portfólio. O resultado ficou evidente alguns anos depois: em 2013, ela se reergueu e se tornou a segunda maior do mundo.
Mas como executar um plano de reestruturação? O procedimento pode ser complexo, pois exige um conhecimento profundo de todos os fluxos da organização. Muitas empresas optam por recorrer a consultorias especializadas para ajudar no planejamento e definição de ações. No entanto, é importante valorizar os agentes internos como protagonistas nessa transformação.
Entre os setores envolvidos, um dos mais importantes é o de RH. Além de lidar com questões burocráticas que naturalmente surgem durante uma reestruturação e fazer a comunicação interna das novas diretrizes, a área é uma das principais responsáveis pela preservação e transmissão dos valores da empresa.
Em um momento de reestruturação, um dos maiores desafios é o de transformar os fatores culturais enraizados no subconsciente dos colaboradores. Em um esforço para garantir que toda a equipe fale a mesma língua e trabalhe unida para conduzir a organização no rumo certo, cabe ao setor realizar eventos, campanhas e ações interativas, sempre adequadas à realidade específica de cada negócio.
Promover transformações significativas na estrutura da empresa nem sempre é simples, mas pode ser decisivo para o futuro do negócio. Em sua execução, é importante mobilizar os profissionais estratégicos.
Mas, além disso, é fundamental pensar nos principais responsáveis pela aplicação prática da nova cultura organizacional: as pessoas. Para garantir que todos os colaboradores estejam alinhados sobre os princípios que norteiam a nova fase da organização, contar com um RH fortalecido e eficiente é essencial.