“Gostaria de recorrer a sua ajuda, pois me enrolei financeiramente por ajudar as pessoas. Fiz empréstimos em meu nome, emprestei cheques, usei meu cartão de crédito. Acabei me prejudicando e acumulando uma dívida total de uns R$ 30.000. Estou desorientado. Até para a minha faculdade estou devendo um valor de R$ 4.000. Não sei o que fazer e nem por onde começar. Trabalho em um depósito de construção com salário de R$ 1.000. Me ajude por favor”. (Willyam – Belo Horizonte/MG)
Willyam, acredito que, como você, muitos brasileiros acabam se prejudicando financeiramente na tentativa de ajudar outras pessoas. Devemos ter bastante cuidado quando assumimos compromissos financeiros em nome de outras pessoas. Uma pergunta que deveria ser respondida, antes de assumirmos qualquer compromisso, é sobre as consequências para nossa vida em caso de não pagamento por parte da pessoa que estamos prestes a ajudar. Se eu tenho capacidade financeira para assumir o prejuízo eventual, acredito não haver problema nessa ajuda. Mas, ao contrário, se uma falta de pagamento pode significar o caos financeiro em minha vida, essa é uma razão forte o suficiente para não correr o risco.
É o que está acontecendo contigo. Você está mergulhado em uma dívida e o que é pior: sem ter usufruído desse valor. Se a dívida tivesse significado a realização de algum sonho seu, como a compra de um bem ou uma viagem, seria menos pior.
O primeiro passo que você tem de dar é organizar o seu orçamento. Levantar os seus ganhos e as suas despesas. Deve também refletir sobre quais gastos podem ser cortados ou diminuídos. Você precisa de ter uma sobra mensal para conseguir pagar as suas dívidas. Com essa sobra definida, você pode iniciar o processo de renegociação. Mas me parece que sua capacidade de pagamento não será muito grande. Com isso, acho muito difícil você conseguir quitar rapidamente todas as dívidas. Antes de qualquer coisa, faça uma lista com todos os seus credores, valor da dívida com cada um e taxa de juros que você está pagando. Você deve então priorizar quais as dívidas que devem ser pagas inicialmente.
Por exemplo, a sua dívida com a faculdade. Estudar e se formar poderá significar uma melhoria de rendimentos no futuro. Mais bem qualificado, você terá melhores oportunidades que podem permitir ganhos maiores ao que você tem hoje. Tente conseguir um prazo maior para quitação da dívida. Além disso, acho que a mensalidade da faculdade é uma despesa que deve ser preservada em seu orçamento.
Infelizmente, acredito que não você não conseguirá renegociar boa parte das suas dívidas no curto prazo. Será um trabalho bem longo e você terá de conviver com as restrições impostas pela situação de ser um devedor.
Um 2015 de hábitos financeiros saudáveis para você e para todos os nossos leitores.
Neste ano, continuo com a promoção do livro “Meu Dinheiro”, buscando que mais pessoas possam adquiri-lo. Os leitores interessados podem me enviar um e-mail que retorno com as indicações de como proceder. No livro, são discutidos temas importantes sobre finanças pessoais de uma forma que ajude os leitores a melhorar o seu relacionamento com o dinheiro. Também estão disponíveis os livros de educação financeira infantil da série “Meu Dinheirinho”.
Mandem dúvidas e sugestões para o e-mail carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br
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