“Ouço suas dicas na programação da rádio Máxima e gostaria de pedir uma em especial. Possuo uma pequena fábrica de calçados e, nos últimos dois anos, sofri demais com problemas financeiros. Acabei me endividando com cheque especial e cartão de crédito. Preciso muito de dicas de como controlar isso e o que pagar primeiro. Se for possível me ajudar, já lhe agradeço bastante”. (Iarley/ Conselheiro Lafaiete/MG)
Iarley, muitos pequenos empreendedores como você também sofreram bastante nos últimos anos. Isso aconteceu em virtude da combinação de dois fatores extremamente negativos para os negócios. O primeiro deles, a crise econômica que atingiu nosso país. E o segundo, a falta de uma boa gestão financeira.
A crise econômica trouxe uma diminuição das vendas e, em muitos casos, o aumento do custo de produção, o que não pode ser repassado para os preços, sob pena de diminuir ainda mais as vendas.
A falta de uma boa gestão financeira não permitiu aos empresários acompanhar de perto o que os números do negócio estavam mostrando. E o pior é que, sem boas informações, a tomada de decisões ficou prejudicada. E os erros acabaram se materializando no processo de endividamento.
E como sair dessa situação é a grande dificuldade que hoje se apresenta para vários empreendedores, inclusive você. O primeiro passo é melhorar bastante o controle financeiro da empresa. E isso começa com o registro de todas as informações importantes. É necessário que se anotem (e a forma de se fazer isso é o menos importante) todas as vendas e todas as despesas, incluindo as pessoais. Você pode fazer isso utilizando um livro-caixa, que pode ser adquirido em qualquer papelaria. No fim do mês, você poderá agrupar todas as informações. Será capaz então de saber o total de suas receitas e o de despesas. Se estas forem maiores do que as receitas, isso significa que você está operando no prejuízo, e essa pode ser a causa do seu endividamento. Estancar essa sangria passa a ser sua principal missão.
E dois podem ser os caminhos: o primeiro é aumentando as receitas, e o segundo, diminuindo as despesas. Em qualquer das alternativas, é importante ter abertura para mudanças. Buscar alternativas. Se você continuar fazendo as coisas da mesma maneira, o resultado continuará sendo o mesmo. Conseguindo ter um resultado positivo (lucro), será possível buscar equacionar as dívidas. Uma negociação com os bancos e com os cartões de crédito é um caminho para diminuir as taxas de juros. Mas qualquer negociação deverá respeitar seu limite de pagamento.
Sendo bem direto, para todas as mudanças necessárias, será preciso aumentar a ação e diminuir a reclamação! Planeje bons hábitos para 2018. Invista na educação financeira. Curta nossa página no Facebook. Mande dúvidas e sugestões para o e-mail carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br