Começarei a coluna hoje afirmando que a melhor coisa que os pais podem fazer, visando o futuro dos filhos, é garantir seu próprio futuro. Vou explicar o porquê.
O maior sonho de todos os pais é que o filho tenha um futuro brilhante. E, para que isso aconteça, eles fazem tudo que está ao alcance para oferecer a melhor educação possível, com aulas de inglês, de artes, de esportes e outras atividades. Mas, tudo isso têm um custo alto, e, muitas vezes, o valor gasto com a educação do filho pressiona as finanças e torna impossível que a família economize para a realização de outros objetivos.
Nas famílias em que sobram recursos todo mês, muitas vezes os planos também estão ligados aos filhos, pois é hora de se economizar e planejar o pagamento da faculdade deles, por exemplo.
Mas, fazendo essa escolha, os pais deixam de lado seu próprio futuro, já que não sobram recursos para serem investidos em questões importantes que garantirão a tranquilidade financeira quando já estiverem aposentados.
Além disso, diante das mudanças demográficas que o país vem passando, com o aumento da expectativa de vida, esse comportamento dos pais pode ser muito perigoso, pois pode incapacitá-los de fazer frente aos gastos típicos de uma idade mais avançada. Nesses casos, o que normalmente acontece é que os pais passam a depender da ajuda financeira dos filhos e, muitas vezes, o que percebemos é que ajudar os pais se torna uma responsabilidade muito grande para os filhos, principalmente, considerando o orçamento familiar.
Essa situação vem se tornando cada vez mais complexa, visto que as famílias de hoje são cada vez menores, com a maioria tendo dois filhos para dividir os cuidados com seus pais.
Sobre esse assunto, a jornalista Mara Luquet, em sua mais recente obra, tem a mesma opinião. No livro “O Futuro é...” , ela escreve: “Se começar a tomar para si a responsabilidade de planejar a vida financeira de seu filho quando adulto, então sobrarão para você poucos recursos. E a sinalização para o seu filho será péssima. (...) Para o seu filho, o melhor é aprender com os pais o hábito do planejamento financeiro. Procure orientá-lo nesse sentido e já o ajudará muito”.
Sendo assim, o melhor a se fazer é buscar o equilíbrio. Ajudar os filhos dentro das necessidades, mas respeitando um limite que não inviabilize o planejamento de um futuro mais tranquilo para os próprios pais.
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