Os discípulos tinham visto o Senhor fazer tantas coisas gloriosas, milagres, prodígios. Jesus ensinava com tal desenvoltura que, quando Ele terminava, as pessoas diziam: “Nunca alguém falou como Ele”. Se fôssemos nós, iríamos pedir: “Jesus, me ensina a pregar, eu quero pregar como o Senhor prega”. Eles tinham visto Jesus fazer tantos milagres, mas nenhum discípulo chegou a Ele e disse: “Senhor, eu quero aprender a fazer milagres”.
Lemos em Lucas, capítulo 11, verso 1: “De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos”. Eles não pediram: “Senhor, ensina-nos a pregar; ensina-nos a operar sinais e maravilhas”, mas: “Senhor, ensina-nos a orar”. Encontramos os discípulos pedindo a Jesus para ensiná-los. Eles queriam ser ensinados porque aquele que aprende a orar opera sinais e maravilhas. Aquele que aprende a orar ministra. Aquele que aprende a orar tem tudo.
Quando Jesus ensinou os discípulos a orar, Ele não ensinou simplesmente a oração chamada Pai Nosso, essa que gastamos cerca de 15 a 20 segundos para proferi-la ou repeti-la.
Jesus apresenta princípios da oração chamada Pai Nosso e, logo em seguida, do versículo 5 ao 13 de Lucas 11, Ele ensina sobre a oração. Ele não nos ensinou simplesmente a orar a oração do Pai Nosso, e sim orar no sentido de importunação. Quando você diz ao fim “amém”, continua a orar.
No versículo 9, de Lucas 11, Ele continua ensinando: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á”. A única maneira de aprendermos a orar é orando.
Quando alguém diz que não consegue orar uma hora seguida é porque, às vezes, não entende que o importante é dar o primeiro passo.
Uma pessoa pode ir a pé de Belo Horizonte a Manaus, que um dia ela irá chegar. No momento em que ela der o primeiro passo, a distância diminuirá de um passo, e ela estará no caminho. Na vida, há sempre oportunidades de desenvolvermos a nossa fé, no sentido de casa de oração, limpa, revestida do poder e fluindo o perfeito louvor. Tudo o que Jesus operava, tudo que Ele fazia levava glória para o Pai. O resultado: a resposta de oração não é simplesmente suprir as necessidades ou conseguir ver tantas respostas. Não! É tudo ser transformado no perfeito louvor ao Senhor.
O que é o perfeito louvor? O perfeito louvor não é cantar bonito. Muita gente tem uma voz linda, mas tem um péssimo louvor. Não se trata de a pessoa ser afinada ou não. O perfeito louvor é aquele que é agradável ao Senhor, é a resposta, é o que chega diante do Senhor. A resposta não é simplesmente para suprir as nossas necessidades, mas para trazer honra e glória ao nome do Eterno. Em nossa caminhada como ovelhas, queremos que cada irmão tenha o hábito da oração, não fazendo dessa alguma coisa pontual, mas um estilo de vida. E por quê? Porque é a vontade do Senhor.
Toda a bagunça em nossa vida é exatamente pela falta de oração. Quem ora, vive em comunhão como Jesus vivia, sem tempo para pecar. Passa a ter sensibilidade, intimidade, o coração voltado para Deus, demonstrando que está sempre pronto. Temos que deixar o nosso coração diante do Senhor, ter mais que um desafio, uma oportunidade para separarmos, pelo menos, uma hora diante de Deus, orando no sentido pleno. Podemos ter esse tempo de oração a qualquer hora, mas o importante é que quando o tivermos, que estejamos envolvidos. Que você e eu possamos dizer: “Faça de mim casa de oração, eu quero ser essa morada”.