Santidade! Santificação! O que isso significa para você? É possível ser santo em nossos dias? Ou tudo não passa de uma utopia, algo impossível de praticar, viver? E o que tem a ver a santificação com a aceitação ou não aceitação, ou seja, a rejeição?
Sobre a santificação, muitas vezes idealizamos a vontade de Deus com muitas coisas que não têm nada a ver com Ele e sua palavra. Em sua carta aos Romanos, capítulo 12, versos 1 e 2, o apóstolo Paulo fala da “boa, perfeita e agradável vontade de Deus”. E tudo se resume nisso: a nossa santificação. Ser “santo” é ser “separado”. A santificação basicamente é você viver a aceitação da parte de Deus. E ser aceito pode muitas vezes implicar em ser rejeitado – pelos outros, por pessoas que amamos, pelo mundo. Jesus, mais do que ninguém, sofreu a rejeição – por todo o povo – até ser finalmente crucificado.
Tudo na vida é questão de escolha, e escolher se santificar muitas vezes pode implicar em ser rejeitado. Todos nós já experimentamos a rejeição. Não há ninguém que possa falar: “Eu nunca experimentei!”
Quando começamos a caminhar vendo o significado de rejeição, descobrimos que rejeição é basicamente “ser posto de lado”, “ser jogado fora”, “ser sem valor”, e até “ser perseguido”, como foi Davi. É como se a pessoa sempre ouvisse alguém dizendo: “Eu não quero você; você não serve; você não tem valor”.
A dor da rejeição emocional é um dos maiores tipos de dor que a pessoa pode experimentar. É mais “fácil” você ter dor de dentes, dor de barriga ou qualquer tipo de dor. E a rejeição não vem tão gratuita. Existem causas para ela. Algumas delas:
- A concepção indesejada: como é tão difícil a mãe dizer para o filho “olha, você veio ao mundo por ‘acidente’. Você não foi planejado”!
- A tentativa de aborto: quando a própria pessoa fica sabendo o que houve, quanta dor!
- Frustração quanto ao sexo da criança: o pai e/ou a mãe queriam uma menina e veio um menino, um menino e veio uma menina. Há rejeição pela escolha.
- Quando uma criança nasce com uma deficiência: os pais chegam a esconder os filhos por causa de um defeito físico. E quando se tem mais de um filho, costuma-se comparar esse filho “defeituoso” com os demais. Não necessariamente nesse grau, José também chegou a sofrer a rejeição dos irmãos, a ponto de sofrer violência.
- Quando alguém é adotado: alguns me perguntam: “Pastor, eu devo dizer ao meu filho que ele foi adotado?” Cada pessoa tem um nível de liberdade para fazer essa escolha, mas o mais importante é que ele saiba que não veio por acidente. Se alguém o adotou, foi uma expressão do amor de Deus, e isso significa que ele não foi rejeitado.
- O abandono: seja esse abandono pela morte dos pais ou pela falta de condições físicas, emocionais ou financeiras ou por diversos fatores sociais, como vícios.
- Abusos físicos, verbais, sexuais ou emocionais: é um tipo de rejeição que machuca muito e pode trazer sequelas para o resto da vida.
- Infidelidade conjugal ou divórcio: nesse contexto, perde-se a referência e mesmo a identidade em casos extremos.
São muitas as causas da rejeição, e ela faz parte do mundo caído, satanizado. Ao percebermos o modo de algumas pessoas agirem, podemos ver o fruto da rejeição. Uma das formas que a rejeição pode se manifestar é por meio da raiva. Ao entrarmos mais fundo na vida delas e procurarmos as raízes, vamos entender por que elas têm tanta raiva. A amargura também pode ser outra manifestação da rejeição. E a amargura adoece a alma, adoece a vida. A culpa também geralmente é fruto da rejeição, e as pessoas sentem-se inferiores por causa disso. Elas veem os outros sempre maiores, superiores. Não conseguem vê-los como a si mesmas. Mas quando vemos como Deus nos vê, é tão diferente, tudo muda!
Deus os abençoe!