Gonzalo, conte um pouco de sua carreira no turismo
Eu trabalho no turismo há 15 anos. Passei por Chile, Bolívia e Paraguai. Permaneci 14 anos à frente da Aerolíneas Argentinas e assumi recentemente, há seis meses, a diretoria geral da Air Europa no Brasil.
Qual é o seu principal objetivo na nova função?
O principal objetivo, além de alavancar as vendas, é consolidar a marca, aproximar a Air Europa dos clientes e torná-la sua principal opção em viagem à Europa. Quero ainda colocar a marca no mercado para beneficiar o segmento corporativo.
Quantos voos a Air Europa opera hoje no Brasil?
A Air Europa tem 33 anos e está há 15 anos no Brasil. Antigamente, só fazíamos voos fretados partindo de Salvador para Madri, na Espanha. Hoje, temos três voos por semana de Salvador e dois de Recife, onde operamos há um ano e meio. A partir de 4 de maio, também serão três voos a partir de Recife. Em São Paulo, estamos voando diariamente desde 2013.
Por que não há voo da Air Europa partindo de Belo Horizonte? A Air Europa tem parcerias com Avianca, Gol e Azul, beneficiando Belo Horizonte, que é um mercado muito importante. Estamos crescendo muito no Brasil, sempre de olho em novas oportunidades.
Qual é a média de ocupação da companhia aérea nesses destinos?
Hoje, o mercado tem muita concorrência – o mercado no Brasil exige tarifas mais baixas. Estamos conseguindo manter rentabilidade com uma ocupação de 85% a 87%. Para melhorar a rentabilidade, estamos trabalhando com o mercado corporativo.
A Air Europa chama atenção pelas boas tarifas. Qual é o custo médio de um bilhete aéreo?
Estamos praticando uma tarifa média de US$ 600, US$ 650. Pensamos que o passageiro não escolhe uma companhia só pela tarifa, mas pelo serviço que ela oferece. Voamos hoje com o Boeing 787 Dreamliner, um equipamento muito moderno, praticamente não tem companhia viajando com essa aeronave. Não queremos apenas ser vistos como a companhia aérea mais barata, mas como a melhor opção para o cliente.
No ano passado, o stopover virou um dominó nas companhias aéreas. A Air Europa também investe no programa?
Nós temos um programa que permite o stopover na ida ou na volta em Madri, escolhendo o tempo de permanência. Estamos agora tentando fazer parceria com a Turespaña para promover Madri como porta de entrada dos turistas brasileiros na Europa. Madri é uma cidade incrível: tem gastronomia, esporte e muita cultura para oferecer aos visitantes.
Como está o processo de expansão da Air Europa?
A companhia tem compromissos já firmados para os próximos anos – em 2019 estará recebendo cinco Boeing 787 Dreamliner. Até 2020, teremos mais 14 aeronaves e, até 2021, um total de 27 aeronaves. No total, temos hoje 78 aeronaves.
O Brasil é um mercado estratégico para a companhia?
O Brasil é o quarto mercado mais importante para a Air Europa, atrás apenas da própria Espanha, da Itália e dos Estados Unidos.
Quais são as mais novas rotas da companhia?
Crescemos muito no mundo nos últimos anos. Hoje, a Air Europa serve a 20 destinos nas Américas. Começamos agora a acrescentar alguns destinos latino-americanos, como Cidade do Panamá, com cinco frequências semanais, e Medellín, na Colômbia, ambas a partir de junho, e Puerto Iguazu, na fronteira da Argentina com o Brasil, em agosto, beneficiando os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Trabalhamos também novas rotas dentro e fora da Europa durante o verão europeu, como Tunes, na Tunísia, Atenas, na Grécia, e Copenhague, na Dinamarca. Estamos tentando ligar toda a América à Europa.