Antonio Anastasia, PSDB, candidato ao governo de Minas Gerais pela Coligação Reconstruir Minas
Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau
Quais são seus planos para que tenhamos, em Belo Horizonte e nas demais cidades-polo do Estado, mais eventos nacionais e internacionais?Como será esse esforço do governo, fomentando todo o imenso trabalho executivo da iniciativa privada?
Belo Horizonte e região metropolitana já são reconhecidas por sua vocação para o turismo de negócios. Para manter essa vocação, precisamos fomentar as parcerias entre o setores público e privado, garantindo a infraestrutura. Cabe à iniciativa privada manter a rede hoteleira e os atrativos turísticos. Em nosso tempo no governo, tivemos iniciativas importantes para equipar a capital para grandes eventos nacionais e internacionais, como a Linha Verde e a modernização e expansão do Aeroporto Internacional de Confins, que permitiu ampliar a movimentação de passageiros e atrair voos diretos para destinos internacionais. Por meio de parcerias, o Estádio Independência e o Mineirão foram transformados em arenas multiúso. Tentamos também criar um grande centro de convenções, e nesse ponto temos uma deficiência. Vamos retomar esse projeto e as parcerias, hoje em uma nova realidade. Sabemos que o Tesouro está deficitário, mas vamos trabalhar com muita energia para, junto com o setor, encontrarmos soluções criativas.
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG)
Qual o percentual do Orçamento do Estado para fomento e geração de emprego no turismo de Minas Gerais?
O turismo é uma das fontes de renda que mais geram emprego, com menor investimento e mais rapidez. Reconhecemos a importância estratégica do setor para reconstruirmos Minas, mas é prematuro falar em percentual do Orçamento para cada área dada à crise financeira do Estado. Infelizmente, o atual governo levou o Tesouro do Estado à falência, e nosso primeiro esforço será equilibrar as contas. Mesmo com poucos recursos no início, vamos buscar parcerias com a iniciativa privada, como fizemos no passado.
Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-MG)
Qual é a sua posição quanto a um investimento forte na área de turismo em Minas Gerais, já que a indústria do turismo é considerada atualmente uma das principais no mundo e levando-se em conta o fabuloso patrimônio histórico do Estado e nossas maravilhosas estâncias hidrominerais, tão valorizadas na Europa e que hoje se encontram em total abandono?
Minas Gerais tem um potencial turístico único, por seu patrimônio histórico, diversidade regional, culinária, belezas naturais e artesanato. Diante dessa riqueza, é inegável que temos um cardápio de ações a fazer de forma coordenada e em parceria com a iniciativa privada em um setor que preserva nossa identidade e tem papel fundamental para a recuperação econômica e para a geração de emprego. O turismo é uma verdadeira boia de salvação para a retomada do desenvolvimento. A Espanha fez isso na década de 80, Portugal fez isso, e temos ainda exemplos de Estados brasileiros. Hoje, infelizmente, Minas vive uma crise sem precedentes. Estamos preparados para enfrentar a crise. Reitero: vamos encontrar soluções criativas em parceria com a iniciativa privada para uma política ofensiva no turismo, focada na ampla divulgação.
Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur)
Gostaríamos de saber qual sua proposta para fortalecer o turismo como indústria econômica em todo o Estado e se o candidato avalia a possibilidade de ter um secretário ou adjunto com qualificações técnicas na área para operacionalizar os circuitos turísticos como ferramenta de gestão descentralizada.
Como eu já disse, a proposta é trabalhar em parceria. Nesse momento, é prematuro falar em nomes para o secretariado, para a equipe. Asseguro que, eleito, teremos uma renovação de quadros, uma equipe técnica, com especialistas nas diversas áreas de atuação, inclusive no turismo, gente que realmente entende do setor.
Instituto Estrada Real (IER)
A Estrada Real é o maior projeto turístico de Minas Gerais. A rota, com 1.630 km de extensão, é a maior do país, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Como candidato ao governo, como o senhor pretende impulsionar esse projeto de alto potencial para o desenvolvimento de Estado?
A Estrada Real merece e deve receber atenção do poder público, com grande potencial para alavancar o desenvolvimento regional, gerando empregos no interior do Estado, criando ou consolidando uma rede de comércio, artesanato, hotéis e restaurantes. Compete ao poder público, reconheço, garantir a estrutura viária e a divulgação, a promoção de nossos destinos e atrativos. E à rede privada, a criação e manutenção da rede hoteleira, dos atrativos e equipamentos de turismo. Vamos trabalhar em conjunto com os municípios e com as empresas para impulsionar esse projeto.
Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas)
No caso dos candidatos à Presidência da República, tem havido um destaque especial para seus assessores na área econômica, pela expectativa de que um deles será o ministro da Fazenda. A ACMinas entende que, em Minas, essa questão é ainda mais importante, uma vez que a falência do Estado, já tão caracterizada, será o principal foco de atenção do novo governo. Quem será seu futuro secretário da Fazenda?
As políticas econômicas são, de fato, determinantes em uma boa gestão, tanto as fiscais quanto as de desenvolvimento econômico. A ACMinas tem toda razão ao dizer que essa questão torna-se mais importante diante da falência à qual o Estado foi lançado pelo governo atual. Nesse momento, entretanto, seria até antiético de minha parte apontar nomes para o secretariado, uma vez que eleição se decide nas urnas. Somente após o resultado, se eleito, poderemos falar em nomes. Certamente, para conduzir a política fiscal e econômica, teremos um secretário de perfil técnico, preparado para o tamanho do desafio que vamos enfrentar para reconstruir Minas, de um lado reduzindo o peso da máquina pública, e de outro tornando o Estado atrativo para novos negócios e expansão daqueles que estão aqui.