Com uma fortuna hoje estimada em R$ 1,9 bilhão, segundo a revista “Forbes”, o empresário Guilherme Paulus fundou o grupo hoteleiro GJP em 2005 e foi o responsável por transformar a CVC na maior operadora de viagens da América Latina.
Depois de vender a operadora ao fundo de investimentos norte-americano Carlyle, ele agora preside o conselho de administração da operadora e tem ainda 25% das ações. Sua meta agora é transformar a GJP no maior grupo hoteleiro do país.
Até 2016, a GJP Hotels & Resorts – que detém as bandeiras Wish (5 estrelas), Prodigy (4 estrelas) e Linx (3 estrelas) – deverá ter sob sua gestão 22 hotéis e um faturamento de R$ 250 milhões. Mas o objetivo é ultrapassar a marca de 40 hotéis.
Na última semana, Guilherme Paulus desceu em Confins para inaugurar o primeiro hotel – e o 19º – da rede na região metropolitana de Belo Horizonte, o Linx & Prodigy Hotel Confins, com o novo conceito “2 em 1”, ou seja, um três e quatro estrelas em um mesmo empreendimento.
Em seu discurso para a cúpula da GJP, da CVC e convidados, Paulus lembrou JK e Tancredo Neves, citando ainda Walfrido dos Mares Guia e Érica Drumond. Para o novo empreendimento, frisou que só a CVC mineira, principal parceira da GJP, embarcou em 2015 cerca de 57 mil passageiros, uma média de 60 pessoas por dia. E afirmou que, apesar da crise econômica que assola o país, a GJP não pretende deixar de investir em novos empreendimentos.
Personagem da Semana
Guilherme Paulus, presidente da GJP Hotels & Resorts
FOTO: marcus vilela/divulgação |
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Guilherme Paulus |
O que o senhor trouxe de sua experiência na CVC para a GJP?
O primeiro aprendizado foi não colocar todos os ovos na cesta de uma vez só. Tem que ir devagar, aos poucos. O ímpeto inicial foi querer atingir de vez um público três, quatro estrelas.
Como a GJP Hotels & Resorts se posiciona no mercado?
Ela é uma operadora que vem com conceito forte, mensagem nova, diferente das outras redes hoteleiras. Ela vai ao mercado buscar a liderança no segmento, como eu fiz com a CVC . A GJP quer ser o maior grupo hoteleiro do país nos próximos anos.
Como o senhor avalia as redes hoteleiras do Brasil?
Eu acho que a hotelaria brasileira não cuida de seus equipamentos, que vão ficando antigos, obsoletos. A GJP pegou o hotel Serrano, em Gramado, que tinha apenas 80 apartamentos, e os transformou em 272 elegantes e com melhor estrutura. É um hotel de 30 anos que hoje está renovado.
A GJP também entrou forte na hotelaria de luxo?
Sim, o St. Andrews, em Gramado, por exemplo, virou um seis estrelas, associado ao Relais & Chateaux. O hotel só tem oito anos e já é um sucesso. A GJP quer adquirir hotéis em todos os segmentos.
A taxa de ocupação da hotelaria em Belo Horizonte é baixa, em torno de 40%. Por que investir em hotéis na capital mineira?
A hotelaria mineira envelheceu, inauguraram muitos apart-hotéis, outros para a Copa do Mundo, mas nenhum grande investimento. Surgiu então essa oportunidade em Confins. Em dezembro, inauguramos um quatro estrelas próximo ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Estou procurando novas parcerias em Minas.
Quais serão os próximos hotéis a serem inaugurados?
Temos um empreendimento para ser inaugurado em Juiz de Fora, outros dois no Pará e no Paraná, um em Brasília e outro, no Rio.
Qual é o segredo de seu sucesso?
Muito trabalho, equipe boa, ótimas parcerias.
O senhor conhece muitos hotéis no mundo. Qual é o hotel de seus sonhos?
O Four Seasons, em Orlando. É um hotel perfeito, completo. Nos inspiramos nele para fazer o Wish Resort Golf Convention Foz do Iguaçu.