Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE, trouxeram excelentes notícias sobre o mercado de trabalho brasileiro. No trimestre encerrado em maio de 2025, a taxa de desocupação caiu para 6,2%, o que representa o menor índice já apurado para o período na série histórica. Além disso, a queda foi acompanhada por um crescimento consistente do emprego formal, com recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado.

Esse desempenho expressivo reflete uma combinação de fatores estruturais e conjunturais, entre eles a retomada do crescimento econômico, a estabilidade inflacionária e, sobretudo, políticas públicas voltadas à geração de emprego formal e inclusão produtiva.

Comparando-se com o mesmo período do ano anterior, a taxa de desocupação caiu 1 ponto percentual (de 7,1% para 6,2%). Isso significa que cerca de 955 mil pessoas deixaram a condição de desempregadas em um ano. No mesmo intervalo, a população ocupada aumentou em 2,5 milhões de pessoas, atingindo um total de 103,9 milhões de trabalhadores. O nível da ocupação subiu para 58,5%, evidenciando a expansão do mercado de trabalho.

Outro dado promissor é a redução expressiva da taxa de subutilização da força de trabalho, que caiu para 14,9%, refletindo um avanço na absorção de trabalhadores que antes estavam subempregados ou desalentados.

O emprego formal segue em alta, alcançando um recorde na série histórica. São 39,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, evidência clara de um movimento sólido rumo à formalização do emprego no país. Esse crescimento representa um avanço de 3,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, com a inclusão de mais 1,4 milhão de pessoas trabalhando formalmente.

Ao estratificarmos o aquecimento do mercado de trabalho, percebe-se que o setor industrial voltou a ser propulsor da economia. O IBGE mostra que a indústria geral é responsável por 3,9% do resultado total, o que representa mais de 500 mil pessoas contratadas. O resultado combina com o crescimento identificado na indústria brasileira, que registrou índice de 1,8% no mesmo período. 

O número de empregados no setor público também subiu, com crescimento de 4,9% no trimestre, além de aumentos no trabalho por conta própria (2,8% em um ano) e estabilidade no número de trabalhadores domésticos.

A taxa de informalidade, embora ainda alta (37,8%), se manteve estável ou em leve recuo, o que, diante da expressiva criação de vagas formais, reforça a tendência de transição para formas de trabalho com maior proteção e direitos trabalhistas.

Outro ponto importante foi o aumento da massa de rendimento real habitual, que alcançou um recorde de R$ 354,6 bilhões. Isso significa mais dinheiro circulando na economia, fruto não apenas do crescimento do número de pessoas trabalhando, mas também do aumento da renda média em diversas categorias, como trabalhadores da indústria, construção, setor financeiro e trabalhadores domésticos.

Esse cenário positivo é resultado de uma série de políticas públicas voltadas ao estímulo da economia. O governo acerta ao priorizar investimentos em infraestrutura e serviços públicos, que impulsionaram a criação de empregos diretos e indiretos. Os programas de qualificação profissional e incentivos à formalização, por meio da redução de encargos e do estímulo ao microempreendedorismo formal, foram também fundamentais para alcançarmos avanços. 

O mercado de trabalho brasileiro entra na segunda metade de 2025 com bases sólidas e perspectivas positivas. A combinação de crescimento do emprego formal, redução da desocupação e melhora nos rendimentos reais coloca o Brasil em um novo patamar de inclusão produtiva. Os dados da Pnad demonstram que é possível crescer com inclusão, e o governo Lula tem feito sua parte para alcançar essa conquista.