Quem nunca esperou o acontecimento de algo? Seja positivo ou negativo. A probabilidade e expectativa de que esse evento ocorra podem nos causar diversos sentimentos, como decepção, ansiedade, frustração, depressão e angústia, entre outras sensações que mexem com nosso corpo e mente. Tudo, porém, dentro dessa normalidade, que é a expectativa.
A forma como cada um trabalha é que vai direcionar o sentimento que tomará conta desse momento. Criar expectativas pode levar à frustração quando percebemos que não podemos alcançar o que esperávamos. Daí a importância de colocarmos metas e traçarmos objetivos palpáveis e atingíveis. Isso também pode causar a sensação de impotência e desesperança, levando a pessoa a desistir de suas metas futuras.
Metas e objetivos devem ser traçados por todos, inclusive por instituições e entes federativos. Um planejamento de metas e objetivos deve ser baseado em realizações que impactem verdadeiramente o resultado. Índices, gráficos e números de nada servirão se forem aplicados em metas e objetivos inalcançáveis. Criar expectativas inalcançáveis em prol de um discurso “populista” não gerará ganho algum.
Para traçá-los, devemos realizar uma análise de ambientes (forças e fraquezas, ameaças e oportunidades), das políticas institucionais (missão, visão e valores), definir qual será a metodologia de planejamento usada e quais serão os indicadores de desempenho.
Para criar um indicador é necessário refletir sobre quais são os processos que precisam ser mensurados. São os indicadores que sinalizam o resultado que pautará a tomada de decisão por parte dos gestores
Saber diferenciar metas e objetivos também facilita o planejamento. Os objetivos são mais abrangentes e podem não ter uma data específica para serem alcançados. Já as metas são declarações específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido que ajudam a alcançar os objetivos. Elencá-las é essencial para direcionar suas ações, motivar seu “time”, avaliar o desempenho e garantir o sucesso a longo prazo.
Avalie suas expectativas diante desses objetivos e metas para garantir que sejam realistas e alcançáveis. Considere suas reais habilidades, recursos disponíveis, probabilidades e demais circunstâncias antes de estabelecer expectativas muito altas.
A longo, médio e curto prazo, podemos determinar metas e objetivos a serem alcançados diante da redução da criminalidade, da pobreza e da quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade. Mas devemos saber que isso deve ser um objetivo/meta de Estado/institucional, nunca uma “política” imediatista que não será alcançada em tão pouco tempo.
Como já dizia Sêneca, filósofo e escritor romano: “Não há vento favorável para quem não sabe aonde quer ir”. Com a “coisa pública” também é assim: devemos saber onde estamos e para onde queremos ir.