Diamantes, vesperatas, Xica da Silva, terra de JK, proximidade do Serro, Biribiri e Milho Verde; são muitos os motivos que geram a identidade de Diamantina. Com uma localização diferente da de outras cidades históricas e barrocas em Minas por estar no Norte do Estado e ter sua identidade pautada pelo diamante, e não pelo ouro, Diamantina é, ao mesmo tempo, original e tradicional por ser fiel à mais clássica cozinha mineira.
Com a cachaça da região sendo dada como cortesia no começo das refeições, e com a oferta das cervejarias artesanais locais Diamantina e Capistrana, a maioria dos melhores restaurantes da cidade serve comida mineira bem-feita, o que não é fácil num Estado com uma tradição gastronômica vasta e onde a competição pelo cliente não está entre os restaurantes, mas na memória dos sabores da comida da infância feita pelos cozinheiros da família.
Com nome inusitado e nessa linha de gastronomia, o Apocalipse é uma das grandes referências na cidade, com localização facilitada por ser dentro do centro histórico. Outro sucesso local é o Relicário (facebook.com/relicariodiamantina), menos fiel a uma gastronomia de raiz, servindo de bolinho de feijoada, carne de lata e canjiquinha a outros, como creme de shiitake e o triangoloni de cogumelos trufados.
Mais opções
Outras opções que fazem sucesso são o Deguste, com massas e crepes, o Grupiara, com ambientação simples e cozinha bem-feita, e o Garimpeiro, que fica dentro da Pousada do Garimpo, que acerta na cozinha tradicional, como no frango ao molho pardo, no Xinxim da Xica (frango com quiabo) e no bambá de garimpo.
O Mr. Chefs, ao lado da casa de Xica da Silva – a ex-escrava alforriada e elevada à burguesia, que não era uma devassa devoradora de homens como pretendia a música de Jorge Ben Jor ou o filme de Cacá Diegues –, agrada também com cozinha de base italiana, assim como o Al Arabe (www.restaurantealarabe.com.br), que reinventa cozinha árabe tradicional, o Sushi Barroco (facebook.com/sushi-barroco), com cozinha japonesa, e as pizzas da Pizzaria Tarantela.
Enquanto o badalo está no Esquina da Quitanda, um programa tranquilo é possível numa visita a Biribiri, que vale a pena pelo conjunto barroco da pequena vila, que, inclusive, já foi foto de disco de Milton Nascimento, e pela comida do Restaurante Raimundo sem Braço, com cozinha mineira servida ao ar livre, numa das melhores e mais tradicionais atmosferas de Minas Gerais.
Receita
Queijo do Serro da Estrela assado com bacon, alho, azeite, salsa, pimenta biquinho, torradas
Em uma frigideira, aqueça 4 colheres (sopa) de azeite e refogue rapidamente 6 colheres (sopa) de bacon picado e 5 colheres (sopa) de alho picado até o alho dourar. Misture 2 colheres (sopa) de pimenta biquinho e 1/2 xícara de salsinha picadas. Coloque 1/3 dessa mistura sobre base de queijo, tempere com sal e pimenta-do-reino, cubra com a metade do queijo retirado, montando-o novamente. Acrescente a outra parte do refogado de bacon e alho, tempere e cubra com o restante do queijo. Coloque, por cima, o restante do refogado. Regue com um fio de azeite, tempere o topo do queijo. Leve o queijo sobre um tabuleiro ao forno preaquecido a 250° por 4 a 5 minutos. O queijo deve começar a ferver por cima, mas não se desmanchar. Retire do forno e sirva com torradas feitas na hora.