Serginho Líbero

Vôlei começa a sentir o golpe

O inimigo invisível chegou causando estragos na saúde e na economia e virou o mundo de cabeça para baixo

Por Serginho Líbero
Publicado em 18 de abril de 2020 | 03:00
 
 
 
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Nesta semana o Minas Tênis Clube reduziu o salário dos atletas das esquipes de alto rendimento em 25% por dois meses, os últimos do contrato da temporada 2019/2020 para quem paga 12 meses por temporada, caso do Minas, um dos poucos. Até então eu só havia ouvido falar da tentativa de redução em alguns times de futebol. 

Vamos pensar na engrenagem como um todo. Os patrocinadores, com certeza, teriam mais visibilidade na reta final do campeonato, justamente agora, espaço em TV, mídia impressa, redes sociais e ações pontuais de marketing, de acordo com cada nicho. Repassar uma parte do “prejuízo”, considero uma decisão acertada. Neste momento, não está em jogo ganhar ou perder. É hora de minimizar os estragos, ceder um pouco daqui, um pouco dali e seguir em frente buscando dias melhores.

O vôlei, que já não passava por um bom momento financeiro, será obrigado a repensar e se reinventar. Times que tiveram dificuldades antes da pandemia dificilmente conseguirão montar uma equipe para a próxima temporada. Ligas de acesso que, por natureza, já dispõem de investimento inferior sequer poderão se aventurar na elite nacional. 

Não se engane quem pensa que vai jogar fora do país e conseguirá um excelente contrato. Times estrangeiros também estão passando por readaptação. Alguns mercados já sinalizam que irão optar por elencos mais enxutos evitando custos com transferências internacionais. Nesse novo mundo de incertezas, a melhor estratégia é jogarmos juntos, não defendemos nenhuma camisa específica, “brigamos” pelo todo.

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